Ferrugem exposta e votação camuflada
No momento parece improvável que Bolsonaro saia derrotado se o presidente da Câmara, Arthur Lira, acatar um dos mais de cento e sessenta pedidos de impeachment engavetados. Uma derrota da oposição seria um sopro de vida na emboscada de morte que Bolsonaro criou para si próprio

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O presidente da república tem a incrível capacidade de criar constrangimentos para o seu governo. O comboio da vergonha que Bolsonaro organizou com as forças armadas, protagonizou manchetes na imprensa local e no exterior, além de memes e comentários nada positivos para a imagem da instituição.
O cerimonial da presidência enviou convites para os presidentes da Câmara e do Supremo Tribunal Federal, que não compareceram ao evento.
Na Câmara dos Deputados Bolsonaro amargou outra derrota, a PEC que garantia o voto auditável com impressoras acopladas às urnas foi derrotada. À noite, após ferrugens e fumaças expostas no desfile de sucatas, o governo precisava de 308 votos para a aprovação da PEC, conseguiu 218, faltaram noventa votos que não decretam a probabilidade de derrota em outras votações.
Bolsonaro perdeu, mas a Câmara deu sinal de que não está nem contra e nem a favor do governo, muito pelo contrário, está camuflada.
Se tratando de um possível impeachment, seria necessário que 2/3 da Câmara vote a favor, ou seja, 342 deputados se manifestassem favoráveis. Bolsonaro precisaria de 172 votos para barrar o processo, como teve 218 a favor do voto impresso...
No momento parece improvável que Bolsonaro saia derrotado se o presidente da Câmara, Arthur Lira, acatar um dos mais de cento e sessenta pedidos de impeachment engavetados. Uma derrota da oposição seria um sopro de vida na emboscada de morte que Bolsonaro criou para si próprio.
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