Férias ou a trabalho?

Uma pergunta que não quer calar: por que o ministro Joaquim Barbosa não viajou com seus próprios recursos ou de quem o "contratou" para proferir as importantes e inadiáveis palestras?



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Quem não lembra do mega evento midiático no " Dia da Proclamação da República" no ano passado? Pois é, o todo-poderoso presidente de um dos poderes da República, dr. Joaquim Barbosa, teve tempo de expedir os mandados de prisão de 09 condenados em pleno feriado.

Já no caso do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado pelos crimes de corrupção passiva e peculato, o tratamento foi outro. Barbosa viajou para Europa sem expedir o mandado e ainda criticou – de lá – os colegas (sem citar nomes) Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski, que o sucederam no comando interino da Corte.

"Se eu estivesse como substituto jamais hesitaria em tomar essa decisão. Não sei qual foi a motivação. Ela (Cármen Lúcia) não me telefonou, não falou comigo. "A verdade é essa: o presidente do STF responde pelo tribunal no período em que estiver lá, à frente.

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Responde sobretudo a questões urgentes. "Se é urgente ou não é avaliação que cada um faz", disse o presidente do STF em Paris.

Em partes acredito até que ele esteja certo no caso do poder e atribuições sucessórias. Porém, e se os "colegas" que ficaram no Brasil não concordarem com o modus operandi dos atos absurdamente cometidos pelo "nobre" colega que viajou? Eis a questão!

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Uma coisa ainda não ficou muito clara pra mim. Afinal o sr. paladino da Justiça viajou de férias (condição que já o estava antes), ou foi exclusivamente a trabalho? Sim, porque se foi de férias mesmo se propondo a dar palestras na condição de presidente do STF brasileiro, a viagem não poderia ser custeada pelo erário público. E mesmo que fosse a trabalho, não é comum que alguém gozando de merecidas "férias", retorne imediatamente ao "trabalho", simplesmente para viajar ao exterior para dar umas pequenas palestras. Ou seja, o nosso querido presidente aliou o útil ao agradável. Viajou para curtir as delícias europeias, e aproveitou para justificar o que julga "normal", com uma pequena pitada de "trabalho".

O ministro Joaquim tem condições financeiras para viajar a qualquer lugar do mundo. Afinal, estudou, se formou, pós-graduou, mestrou, doutorou e trabalha arduamente para isso, inclusive nos fins de semanas e feriados.

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Uma pergunta que não quer calar: por que não viajou com seus próprios recursos ou de quem o "contratou" para proferir as importantes e inadiáveis palestras?

A não ser que o autor de "La Cour Suprême dans le Système Politique Brésilien", publicada na França em 1994 pela Librairie Générale de Droit et de Jurisprudence (LGDJ), na coleção "Bibliothèque Constitutionnelle et de Science Politique", foi à conhecida terra onde fez Mestrado e Doutorado simplesmente para palestrar de graça. Só ele poderá manifestar-se do conteúdo e entrelinhas dessa turnê de férias merecidas e pomposas a trabalho, mais ninguém.

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