Fenaban e imprensa burguesa escondem greve histórica dos bancários para torná-la invisível e derrotá-la
Derrotar a greve nacional dos bancários é tudo que os banqueiros querem, bem como o patronato de outras categorias importantes, inclusive as do setor público. A derrota dos bancários significa ainda o fortalecimento político do governo corrupto e golpista do usurpador
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Para o cidadão brasileiro que não sabe, informo: os trabalhadores dos bancos — os valorosos bancários — estão a realizar a maior e mais longa greve em termos de abrangência de sua história. Uma história forjada pelo sofrimento, pelas más condições de trabalho, pela exploração do patronato, pelos salários baixos, ao tempo que os banqueiros são da categoria mais rica do planeta, pois donos de inigualáveis e incomparáveis fortunas, a cooperar, e muito, para as desigualdades sociais e econômicas em todos os países, bem como financiadores de guerras e de todo tipo de ilegalidades e violências, como blindar os "lavadores" de dinheiro advindo da corrupção, do tráfico de armas e de drogas, por exemplo.
No Brasil, os banqueiros há muito tempo vivem em um paraíso, porque se trata de um País que aplica os maiores juros do mundo, bem como permite que o spread bancário tenha atualmente a melhor margem de lucro em termos mundiais. O spread brasileiro, por exemplo, é uma camisa de força para a pessoa física ou jurídica que negocie um empréstimo, use o cheque especial ou utilize o cartão de crédito. Quando o cidadão e consumidor vê, verifica que está emaranhado em uma teia de aranha.
O lucro das taxas e tarifas desses serviços oferecidos pelos banqueiros são bilionários, sendo que este dinheiro ou grande parte dele, geralmente, não coopera para girar a economia dos países ou das cidades, e, com efeito, gerar empregos. A ser assim, o capital não gira como deveria, principalmente nos países subdesenvolvidos e nos emergentes, como é o caso do Brasil, porque os lucros dos banqueiros são destinados para seus bolsos, além de serem aplicados na ciranda financeira, a fim de enriquecer ainda mais os trilhardários banqueiros, os inquilinos da ponta da pirâmide social — os reais plutocratas.
Entretanto e a despeito do que os banqueiros estão acostumados a fazer, a paralisação nacional dos bancários é algo a ser observada com atenção e respeito por parte da sociedade, hoje quase que totalmente distante das lutas dos trabalhadores, sendo que alguns setores da classe média coxinha desprezam e criticam os movimentos grevistas dos trabalhadores, porque completamente alinhados com os interesses das oligarquias, inclusive, e não se deve duvidar dos coxinhas paneleiros e conservadores, com a oligarquia banqueira.
Idiotice e alienação é pouco para definir a classe média brasileira, que saiu às ruas para dar golpe de estado e apoiar a venda de estatais brasileiras e o fim dos programas sociais de inclusão social implementados pelos governos trabalhistas do Partido dos Trabalhadores, que foi derrubado do poder por causa de um golpe de terceiro mundo, que mais uma vez aconteceu na história do Brasil, além de ter sido financiado e promovido pela casa grande de índole escravocrata, a ser uma delas composta por banqueiros, que ofereceram aos trabalhadores risíveis 7% de aumento, enquanto os bancários pleiteiam 14,78%. É o fim da picada a proposta dos patrões...
A oferta de aumento salarial da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 7% é provocação e desconsideração de banqueiro bilionário com a categoria que o enriquece. Na verdade, o patronato está a fazer experimentação com a paciência e a disposição de os bancários continuarem com a greve, que já dura 22 dias e mobiliza até o momento 56% das agências em todo o País, o que significa que quase 13.100 agências estão fechadas, conforme informações oficiais sobre a greve, por parte da Confederação Nacional dos Trabalhares do Ramo Financeiro — Contraf/CUT.
Por sua vez, a imprensa de negócios privados, rentista e politicamente golpista trata o forte e amplo movimento grevista dos trabalhadores dos bancos como se não existisse, como se não contribuísse para a luta popular e sindical em tempos de golpe de estado terceiro-mundista e de ascensão de um governo corrupto e umbilicalmente ligado às corporações privadas e aos interesses das oligarquias regionais, que se uniram para derrubar do poder a legítima presidente reeleita, pois mandatária constitucional que obteve 54,5 milhões de votos.
Os magnatas bilionários da imprensa de mercado e seus empregados monstrinhos criados em redações, que odeiam o Brasil e seu povo se omitem, negligenciam a greve histórica dos bancários, que jamais é repercutida nos jornais impressos, nas televisões, nos rádios, na internet pertencentes à oligarquia midiática promotora do subdesenvolvimento do Brasil. O sistema midiático privado e patrimonialista, que vive às custas do dinheiro público décadas a fio, também lucra bilhões com a publicidade e a propaganda de seus associados plutocratas, que são os banqueiros e seus bancos.
A verdade é como se a greve que atinge diretamente o povo brasileiro não existisse, sendo que mais da metade das agências estão fechadas e milhares de bancários cruzam os braços. A intransigência e a arrogância dos banqueiros e a postura de ignorar a greve por parte das mídias oligopolizadas são evidenciadas pela Fenaban, que em inúmeras rodadas de negociações com os bancários não apresentou contrapropostas, porque, indubitavelmente, prefere o confronto, pois pretende derrotar os grevistas e, consequentemente, dar uma "aviso" às demais categorias de trabalhadores de que fazer greve não compensa e não é viável, postura que interdita o diálogo ao tempo que é, sem dúvida, mentirosa, arbitrária e autoritária.
Os banqueiros ofereceram aos trabalhadores, que deixam a casta patronal improdutiva trilhardária, míseros 7%, o que significa que nem a inflação real vai ser reposta aos bancários, que ainda têm de suportar a insegurança quanto à permanência no emprego causada pela crise brasileira e mundial, cujos banqueiros são os maiores responsáveis, quando, a partir de 2008, o mundo ficou de cabeça para baixo por causa da irresponsabilidade criminosa de banqueiros e de empresários do setor imobiliário.
Até hoje não foi um banqueiro preso nos Estados Unidos ou na Europa para pagar por seus crimes na cadeia, porque dignos de gângsters realmente barras-pesadas. Depois tem de se ouvir coxinha desmiolado a dizer que nos "esteites" há punição. Só se for para negros, latinos da América Central e do México, etnias que compõem a maioria da população carcerária e que imigram para a terra do Tio Sam, em busca de emprego e de uma vida melhor, apesar do desemprego nos Estados Unidos. Igualzinho ao Brasil: negros e pobres os cativos dos cárceres.
Além disso, os banqueiros se aproveitam da crise econômica para não dar aumento salarial e condições de trabalho justos, sendo que os cinco principais bancos que exploram o mercado bancário no Brasil tiveram o mega lucro de R$ 29,7 bilhões, apenas no primeiro semestre de 2016. Trata-se de algo inenarrável e indescritível as fortunas amealhadas pelos verdadeiros donos do capital, que dominam, inclusive, os bancos estatais, de fomento, além dos bancos centrais de inúmeros países, dentre eles o Brasil.
Os banqueiros ainda eliminaram 13.600 vagas ou postos de trabalho nos últimos tempos recentes, o que denota um enxugamento irresponsável para que o patronato mais rico do planeta tenha ainda acesso a mais dinheiro. Por isto quando há revolução, segundo a história, os primeiros a serem mortos são os banqueiros e os "reis" de ocasiões e suas cortes que os beneficiam. E não poderia ser diferente. Mesmo assim é difícil, porque por serem muito ricos, a grande maioria dessa espécie imprestável e exploradora do trabalho alheio dá um jeito de escapar para outros rincões, onde vicejam à vontade os magnatas da plutocracia.
Derrotar a greve nacional dos bancários é tudo que os banqueiros querem, bem como o patronato de outras categorias importantes, inclusive as do setor público. Um setor composto por servidores federais, estaduais, municipais e distritais, que, sindicalmente, tem ainda poder. A verdade que se os banqueiros negociassem com seriedade, mesmo eles não sendo sérios, o aumento aos trabalhadores incidiria muito pouco na folha de pagamento, porque realisticamente os lucros dos banqueiros são estratosféricos.
Por seu turno, é exatamente esta realidade que a CUT está a explicar e a denunciar para a sociedade, apesar da sabotagem da grande imprensa golpista, que simplesmente ignora uma greve que já dura 22 dias, que influencia no dia a dia dos brasileiros e que acontece em todo o Brasil.
A derrota dos bancários significa ainda o fortalecimento político do governo corrupto e golpista do usurpador *michel temer, que, juntamente com sua equipe de golpistas, tomaram de assalto como bandoleiros o poder central. Essa gente medíocre, antirrepublicana e antinacionalista pretende retirar direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores, além de extinguir os programas sociais de inclusão social criados pelo PT, com o apoio leal do PCdoB.
A greve nacional dos bancários é estratégica para ambos os lados: o patronal e dos trabalhadores. Os grevistas se mobilizam, apesar das dificuldade ao enfrentarem o status quo. Porém, estão a realizar com determinação e coragem uma greve de âmbito nacional, a favor dos interesses dos trabalhadores de todas as categorias e profissões. O movimento grevista dos trabalhadores de bancos é especial e emblemático, porque não pode ser derrotado, pois está em jogo as reivindicações futuras dos trabalhadores brasileiros de todas as categorias dos setores públicos e privados, bem como demonstração de resistência ao golpe de estado bananeiro, mas violento e ocorrido em 2016. Trabalhadores à luta! É isso aí.
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