Feliz aniversário! 1 ano de Michel Temer
Nessa marca de um ano muitos fatos aconteceram não só com o presidente – que depois de chegar à Presidência foi citado na delação da JBS e é investigado em mais um inquérito. Os seus amigos e aliados têm mais motivos de preocupação do que para comemorar
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Pode ser que na China, onde se encontra, o presidente Michel Temer comemore 1 ano no comando do País. Pode ser que até você que lê esse texto também comemore. Pode ser que você seja um felizardo brasileiro satisfeito com o governo "Temerista", também conhecido como governo "Pinguela".
Porém, tenho a impressão de que o presidente que mais parece um mordomo de filme de terror de quinta categoria está assustadíssimo consigo mesmo. É como se o personagem Michel causasse pânico a Temer e ao seu entorno. Processos, denúncias, investigações, rejeição astronômica, revelações de esquemas.
Nessa marca de um ano muitos fatos aconteceram não só com o presidente – que depois de chegar à Presidência foi citado na delação da JBS e é investigado em mais um inquérito. Os seus amigos e aliados têm mais motivos de preocupação do que para comemorar.
Leia abaixo levantamento feito por o Globo que, no entanto, esqueceu na relação abaixo de citar os senadores tucanos José Serra – ex-ministro das Relações Exteriores do atual governo - e Aécio Neves. O primeiro é investigado e denunciado. Já o ex-presidenciável também foi denunciado e hoje enfrenta o ostracismo político:
Aloysio Nunes Ferreira: O ministro das Relações Exteriores responde a um inquérito no STF com base na delação da Odebrecht. Há ainda um inquérito que surgiu como desdobramento da Lava Jato.
Blairo Maggi: O ministro da Agricultura responde a um inquérito no STF com base na delação da Odebrecht. Também foi citado na delação do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa.
Bruno Araújo: O ministro das Cidades responde a um inquérito no STF com base na delação da Odebrecht.
Eliseu Padilha: O ministro da Casa Civil responde a dois inquéritos no STF com base na delação da Odebrecht.
Geddel Vieira Lima: Ex-ministro da Secretaria de Governo, saiu do governo em novembro do ano passado, após o ex-ministro da Cultura
Marcelo Calero dizer que foi pressionado por ele para liberar licença de um empreendimento. Em julho deste ano foi preso após acusações de ameaçar o doleiro Lúcio Funaro. Está atualmente em prisão domiciliar.
Eduardo Cunha: O ex-presidente da Câmara está preso em Curitiba desde outubro do ano passado. Já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro.
Henrique Alves: O ex-ministro do Turismo está preso desde junho deste ano, acusado de receber recursos desviados dos cofres públicos.
Moreira Franco: O ministro da Secretaria-Geral da Presidência responde a um inquérito no STF com base na delação da Odebrecht.
Gilberto Kassab: O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações responde a dois inquéritos no STF com base na delação da Odebrecht.
Helder Barbalho: O ministro da Integração Nacional responde a um inquérito no STF com base na delação da Odebrecht.
Marcos Pereira: Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços responde a um inquérito no STF com base na delação da Odebrecht.
Rocha Loures: Ex-assessor de Temer e ex-deputado, Loures foi denunciado pela PGR, acusado de ser intermediário da propina paga pela JBS a Temer. Responde a outro inquérito ao lado do ex-chefe.
Romero Jucá: O senador, presidente do PMDB e ex-ministro do Planejamento saiu do governo em maio do ano passado após dizer em gravação que era preciso "estancar a sangria", em referência à Lava-Jato. Responde a 14 inquéritos no STF, tendo sido citado em algumas delações. Desde a semana passada, a PGR ofereceu três denúncias contra ele.
Tadeu Filippelli: Ex-assessor de Temer foi citado na delação da Andrade Gutierrez e chegou a ficar preso em maio acusado de desvios em licitações no DF, onde já foi vice-governador.
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