Fascismo: um caminho sem volta
Por cima, o governo Bolsonaro revelou que está discutindo diariamente a implementação de um novo AI-5. Enquanto por baixo, o integralismo aparece para centralizar as hordas fascistas que foram colocadas nas ruas, ainda dispersas, desde 2013
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Num dia o Estadão divulga o integralismo, no outro este joga bomba no Porta dos Fundos. Ou é muita coincidência, ou é sinal de muitas costas quentes, é sinal de que um setor decisivo da burguesia optou pelo fechamento do regime, pela opção da ditadura escancarada e terrorista contra a população.
A crise dentro do golpe continua e se intensifica, mas a ala fascista tem intensificado também sua política. Por cima, o governo Bolsonaro revelou que está discutindo diariamente a implementação de um novo AI-5. Enquanto por baixo, o integralismo aparece para centralizar as hordas fascistas que foram colocadas nas ruas, ainda dispersas, desde 2013.
Desde a primeira manifestação verde-amarela em 15 de março de 2015, bombas tem sido jogadas pelos fascistas em sindicatos, no Instituo Lula, em terreiros; eles estão treinando assassinos com moradores de ruas, trans; mas agora teve até assumiram autoria.
Se em 2015, apareciam várias organizações fascistas disputando a direção do movimento, em 2019, o integralismo ressurge como principal organização. Uma organização que após o Congresso da Frente Nacionalista, centralizou as várias gangues carecas, milícias paramilitares bolsonaristas, setores do exército (para não falar no vice-presidente).
Enquanto a esquerda fechava-se para balanço, enquanto a esquerda só pensava em reconciliação com os parentes fascistas, como dialogar com Janaínas, Kataguiris, e quem sabe até Olavos, enquanto a esquerda aposta todas as suas fichas nas eleições controladas pelos militares; os fascistas declaram guerra, dobram a aposta contra a existência de todos setores de esquerda e democráticos.
A esquerda de forma repetida busca esconder o fascismo embaixo do tapete, chuta ele pela porta, e ele volta a explodir na nossa cara pela janela, cada vez mais forte, cada vez mais organizados, cada vez mais audaciosos.
Ou 2020 se transforma no ano da luta contra o fascismo, na luta pelo Fora Bolsonaro, no ano dos comitês de autodefesa, ou toda uma geração de militantes será destruída pelas mãos fascistas.
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