Fascismo e racismo, uma luta constante
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Aviso: Este texto contém linguagem contra Fascismo e racismo. É abominável, que em pleno 2023, tenhamos que ver xingamentos racistas, misóginos e discriminatórios a gêneros nos estádios. O Brasil deu passos na frente, quando começou a multar times mandatários dos jogos, quando o juiz ouvia gritos desse gênero pela torcida. Não é engraçado xingar atingindo o oprimido. Não é engraçado xingar com ódio ao próximo. Não é natural isso ser permitido por uma liga de futebol. Permitir isso através da imprensa, dono de Liga de futebol e torcidas organizadas é estar conivente com a situação, é estar conivente com o ódio, é estar conivente com o fascismo.
O desejo de despachar seu semelhante com insultos de cunho racista passa por todos os limites. E limites nos dá liberdade para brincar de forma saudável. Com pouco, torcidas se encontram para matar integrantes da outra torcida. O ódio é alimentado pelos fascistas que querem ter a liberdade de falar mal do outro. E por isso defendem que não haja regulamentação na internet. Afinal de contas, várias redes sociais e canais do Youtube lucram com o extremismo e o ódio. O próprio Youtube tem mais de 330 mil vídeos em 350 canais associados à supremacistas brancos, fascistas. Na mídia tradicional, hoje já temos canais ligados a extrema direita e a maioria entre centro-direita, que flertam com o nazismo, contestam vítimas de estupro, e que conduzem sim o pensamento daquele que está mais a direita para chegar a ter atitudes de extremismo.
A cara do fascismo não é um fenômeno apenas brasileiro, afinal com o capitalismo em crise, mais extremismo violento o mundo vai sofrer. Recentemente, houve uma marcha da extrema direita na França em homenagem a um terrorista. E qual a característica comum entre todos os países? Ela é anti-igualitária. E quando ela não consegue convencer a população através da desconstrução do debate sobre os direitos humanos, ela constrói a partir do medo. Se existe um rapaz negro talentoso no campo, mais do que todos os brancos ou seus semelhantes, eles trabalham através de um teor psicológicos por perder seus espaços.
Por que a La Liga permitiu não uma situação, mas constantes situações de humilhação ao craque Vini Júnior? Afinal, muitos xingamentos até citavam a Ku Klux Klan. Javier Tebas, presidente da La Liga se filiou ao Fuerza Nova, partido de extrema direita, que herda o legado do ditador Franco. Recentemente, Javier declarou apoio político nas últimas eleições ao Vox, partido ultranacionalista de extrema direita espanhola. A Vox, sempre faz um discurso anti- islamismo e principalmente antimigração , que se espalha por toda Europa. Assim como aqui no Brasil, as torcidas organizadas que tem apoio das diretorias e em Valência o grupo Yunus, que é neonazista e que foi até banido dos estádios.
O líder do Yunus, Santiago Abascal, quando veio ao Brasil, visitou Bolsonaro, mostrando o quanto estão se organizando cada vez mais pelo mundo. E ainda em relação ao caso do Vini, o Brasil foi rápido em mostrar sua indignação de várias formas, em vários ministérios, fazendo com que muitos líderes espanhóis conseguissem dar uma resposta da forma criminal a alguns torcedores identificados, porém, o Brasil pede mais.
Antes, pedíamos nos estádios tarefas irrealizáveis ao juiz, como se catar. Ou mandar ao inferno um bandeirinha, que é um lugar identificável, mesmo que a localização exata não seja possível pela teologia. Ou até falar mal daquele atacante, achando que ele nasceu de uma profissional do sexo. Já foi o tempo que o máximo era mandar o outro lamber sabão, mas ter rivalidade saudável é uma coisa. Extremismo é outra.
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