Fascismo e neoliberalismo andam de braços dados
O ativista político e social Milton Alves alerta para a "tentativa de separar a voracidade neoliberal das ações autoritárias do governo Bolsonaro", conforme a mídia corporativa e seus articulistas prontamente fizeram após a demissão de Roberto Alvim. "A cruzada obscurantista contra a ciência, contra o saber acumulado e a fruição artística, anda de braços dados com o ideário econômico de Paulo Guedes", escreve
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Na esteira do episódio que gerou a demissão do secretário de Cultura, o bisonho Roberto Alvim, a mídia corporativa e seus articulistas passaram, imediatamente, a tecer argumentos em defesa de uma suposta separação entre os traços neofascistas do governo e a política econômica conduzida pelo ministro Paulo Guedes.
Trata-se de mistificação e uma tentativa de separar a voracidade neoliberal das ações autoritárias do governo Bolsonaro. O neoliberalismo é, nas condições atuais, o fascismo na economia, que esmaga os direitos democráticos, a soberania nacional e as conquistas sociais do povo trabalhador.
O discurso neoliberal do estado mínimo, da defesa da meritocracia de fachada, da promoção do darwinismo social são elos da mesma e única cadeia do chamado combate ao “marxismo cultural” impulsionado pelo bolsonarismo. A cruzada obscurantista contra a ciência, contra o saber acumulado e a fruição artística, anda de braços dados com o ideário econômico de Paulo Guedes.
O discurso encenado de Roberto Alvim, pupilo de Olavo de Carvalho, não é um caso isolado, de um maluco que fez uma declaração infeliz imitando Joseph Goebbels. O caso explicitou os pendores e os vetores de um governo, que opera a construção de um regime de autoritarismo político como parte essencial do mecanismo de superexploração econômica do povo trabalhador e do saque generalizado das riquezas nacionais.
Portanto, a luta em defesa da democracia é inseparável da derrota do projeto neoliberal e entreguista do governo de Jair Bolsonaro e dos 1% mais ricos do Brasil.
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