Fanáticos do impeachment têm nova tática: confronto
"Cansados de esperar por Eduardo Cunha e já suspeitando que sua intenção de abrir processo de impeachment contra a presidente – que é a única e pobre e já rota bandeira da oposição atualmente – não passa de um blefe, os fanáticos do impeachment radicalizaram e agora estão pressionando Cunha com as armas que até há pouco tempo eram exclusivas dos petistas e partindo para o confronto na tentativa, absurda, irresponsável e perigosa de arrancar o impeachment na marra", escreve Alex Solnik, sobre protestos pró-golpe que ocorreram ontem no Congresso; "Eles estão usando militantes (?) desses movimentos que ninguém sabe de onde surgiram nem o que querem além de derrubar a presidente e que, são, portanto, golpistas e provocadores"; leia a íntegra de seu artigo
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Cansados de esperar por Eduardo Cunha e já suspeitando que sua intenção de abrir processo de impeachment contra a presidente – que é a única e pobre e já rota bandeira da oposição atualmente – não passa de um blefe, os fanáticos do impeachment radicalizaram e agora estão pressionando Cunha com as armas que até há pouco tempo eram exclusivas dos petistas e partindo para o confronto na tentativa, absurda, irresponsável e perigosa de arrancar o impeachment na marra.
Ou então criar um clima de “convulsão social” que demandará uma intervenção militar, como já fomos informados por um importante general.
Eles estão usando militantes (?) desses movimentos que ninguém sabe de onde surgiram nem o que querem além de derrubar a presidente e que, são, portanto, golpistas e provocadores.
Organizaram um “acampamento” deles no gramado em frente ao Congresso, permitido por Cunha, que ameaça ficar lá até ele decidir pelo processo.
Alguns deles, mais xiitas ainda, resolveram acorrentar-se a uma coluna do Congresso, imitando alguns petistas, como um folclórico ex-prefeito de Diadema que já usou o mesmo ridículo expediente.
Os provocadores tiveram sucesso com um despreparado líder (?) do PT chamado Sibá Machado. Anteontem, em plena sessão, ele chamou de “vagabundos” a meia dúzia de provocadores que estendia uma faixa “Fora Dilma” na galeria e prometeu “fazê-los correr”.
No dia seguinte, ontem, militantes do MST tentaram impedir o acesso dos provocadores às galerias à força, provocando um pequeno tumulto que os fanáticos do impeachment trataram de descrever como um conflito na Faixa de Gaza.
O clima de confronto, é claro, invadiu o plenário. Sibá foi chamado de incendiário. Jandira Feghali disse, assustada, que nunca tinha visto a Câmara tão convulsionada e que só faltava sair tiro.
Um deputado da bancada da bala chamou Jean Willys de “escória” e destruidor da família e foi acusado, por ele, de assistir filmes pornô durante a sessão e carregar vários processos nas costas. O incidente levantou os deputados. Por pouco não chegaram a estapear-se.
Quando os ânimos foram serenados em parte, Clarissa Garotinho (é isso aí, adotou como sobrenome o apelido do pai) acusou Cunha de boicotá-la, afrontou-o com frases como “eu te conheço” e a seguir, num lance de guerrilheira, levantou um cartaz feito à mão com dizeres “Fora Cunha” bem atrás de Cunha, de modo a ser enquadrado pela TV Câmara.
No meio da briga entre incendiários e bombeiros, Heráclito Fortes, sem perceber a ironia, vociferava contra “os irresponsáveis” que tinham exigido e depois revogado a obrigatoriedade de extintores de incêndio em automóveis, dando prejuízo aos que o adquiriram.
Esqueceu-se de sugerir que sejam arrematados pela Câmara, que é onde fazem mais falta.
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