Fachin soltou o gato para caçar o rato
"De duas, uma: ou o novo juiz manda começar tudo do zero ou manda arquivar. E tem ainda as prescrições para maiores de 70 anos, caso de Lula, que afetam os processos", diz Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Agora que o STF carimbou a decisão de Fachin que anulou as condenações do ex-presidente Lula, a sua candidatura em 2022 é uma realidade cada vez mais palpável.
Se o resultado na sessão da próxima quinta-feira do STF for favorável à 2a Turma na questão da suspeição de Moro será melhor ainda para Lula, mas nem o revés irá atrapalhar.
É verdade que os casos do Guarujá, de Atibaia e do Instituto Lula serão revistos por outro juiz que até mesmo terá o direito de aproveitar as provas produzidas em Curitiba.
Mas, vem cá: um juiz imparcial vai querer aproveitar provas obtidas em conluio com um juiz suspeito e parcial? Um juiz impoluto vai querer fazer parceria com Moro, à luz do dia, diante de todos, depois de tudo o que já se sabe sobre Moro?
Quem o fizer correrá o alto risco de estragar sua carreira.
De duas, uma: ou o novo juiz manda começar tudo do zero ou manda arquivar. E tem ainda as prescrições para maiores de 70 anos, caso de Lula, que afetam os processos.
Fachin seguiu o conselho de Deng Xiao Ping numa reunião dos dirigentes chineses no final dos anos 70 - “não importa a cor do gato contanto que ele cace ratos”.
Soltou o gato para caçar o rato.
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