Facada no inimigo do Norte

Devemos comemorar um movimento internacional de países que se unem numa facada de morte ao imperialismo ianque: desindexar do dólar suas transações comerciais na área energética, dentre outras

Notas de dólar dos Estados Unidos 26/03/2015 REUTERS/Gary Cameron/File Photo
Notas de dólar dos Estados Unidos 26/03/2015 REUTERS/Gary Cameron/File Photo (Foto: Chico Vigilante)


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Apesar da onda direitista que volta a soprar na América do Sul, ainda temos o que comemorar.

No Brasil, as tentativas das elites para eliminar Lula das próximas eleições parecem ser em vão porque na memória do povo sua imagem está associada a conquistas sociais e a luta pelo fim da desigualdade.

Devemos comemorar um movimento internacional de países que se unem numa facada de morte ao imperialismo ianque: desindexar do dólar suas transações comerciais na área energética, dentre outras.

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China e Venezuela anunciaram mês passado a intenção de realizar negociações de petróleo baseadas não mais no dólar mas sim no yuan, moeda chinesa.

A Venezuela, detentora das maiores reservas de petróleo do mundo, e sob constante ameaça dos EUA, faz acordo também com a Rússia, para negociar petróleo em rublos russos e não em dólar.

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Membros dos Brics - grupo à qual o Brasil passou a pertencer durante os governos petistas - China e Rússia desejam obviamente diminuir a dependência do sistema monetário e financeiro internacional dominado pelo dólar.

Neste esforço antidólar pretendem, segundo agências internacionais, convencer também as monarquias do Golfo Pérsico a renunciar ao sistema de petrodólares.

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Parte do movimento, o Iran acabou de assinar com a Turquía, a Ucrânia e o Turcomenistão acordos para utilizar suas próprias moedas nacionais em intercâmbios econômicos.

Obviamente existem razões individuais de cada país no movimento antidólar, mas comungam de uma em comum: reduzir os riscos de uma dependência total num sistema baseado no dólar.

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A Rússia - que historicamente viveu relações tensas com os EUA- e a China, por exemplo, querem fazer desaparecer a influência do dólar não só no seio de suas economias mas na economia mundial.

A tática russa neste momento é fechar um tratado monetário bilateral com a China substituindo o dólar pela moeda russa com um sistema de transferência bancário alternativo ao atual.

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No movimento antidólar tanto Rússia como o Irã tendem a neutralizar a avalanche de restrições e sanções comerciais impostas a eles por parte dos EUA.

São muitas as crenças e maneiras de dizer que tudo que se faz traz consequências, as vezes rápidas, as vezes somente perceptíveis ao longo da história.

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"O mundo dá muitas voltas". "Nada como um dia após o outro". "Aqui se faz, aqui se paga", são algumas repetidas pelo povo.

O certo é que atos individuais, coletivos ou de um Estado ou Nação desenham o futuro da humanidade e devemos nos responsabilizar e nos posicionar sobre eles.

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A história nos mostra que os latino americanos foram sempre ameaçados e explorados pelos norte americanos.

As vezes com resistência interna, luta e sangue de nossa parte.

Outras vezes com governantes forjados, traidores, entreguistas, aliados do inimigo, vira latas a bater palmas para os imperialistas, como no caso de Temer e sua quadrilha.

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