Exército não tem função de invadir Morros; o espetáculo com outra motivação só agrava 

Cenário de caos não valida, contudo, que as Forças Armadas sejam chamadas a agir nas comunidades dos diversos morros do Rio de Janeiro sob argumento de uma guerra contra o tráfico, cuja tarefa ou missão de resolver tais demandas não é do Exército

Cenário de caos não valida, contudo, que as Forças Armadas sejam chamadas a agir nas comunidades dos diversos morros do Rio de Janeiro sob argumento de uma guerra contra o tráfico, cuja tarefa ou missão de resolver tais demandas não é do Exército
Cenário de caos não valida, contudo, que as Forças Armadas sejam chamadas a agir nas comunidades dos diversos morros do Rio de Janeiro sob argumento de uma guerra contra o tráfico, cuja tarefa ou missão de resolver tais demandas não é do Exército (Foto: Walter Santos)


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O Rio de Janeiro convive com a maior crise sócio-econômica de toda a sua história contemporânea fruto da corrupção promovida pela Elite política e empresarial nos últimos tempos.

Este cenário de caos não valida, contudo, que as Forças Armadas sejam chamadas a agir nas comunidades dos diversos morros sob argumento de uma guerra contra o tráfico, cuja tarefa ou missão de resolver tais demandas não é do Exército.

Expor nosso aparato armamentista e estratégico maior a uma missão em que o Estado tem perdido a queda-de-braço com o narcotráfico é querer dar muita visibilidade ao Exército buscando transformá-lo em herói ou saída para a atual crise sem necessidade, ou mais do que isso se traduzindo em erro crasso, cujo tempo provará a ineficácia do combate de agora.

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A causa e efeito são outros, portanto, o buraco é mais embaixo pela falência da políticas públicas.

EXÉRCITO: CAUSA E EFEITO DA CRISE

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O narcotráfico tomou força e conta do Rio de Janeiro por um conjunto de grandes fatores, a partir do fracasso dos governos, primeiro de atender as necessidades básicas das comunidades e, segundo, porque o Crime Organizado está nas demais esferas da sociedade elitista, inclusive no próprio aparato policial e judicial, sem contar que o consumo de tudo está na Zona Sul, nos ambientes bacanas.

O lugar do Exército diante desta constatação nunca foi nem será se confundir com o papel da Polícia Militar, Civil ou da Força Federal.

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Querer fazer o Exército de agente policial para resolver problemas afeitos ao Governo do Estado é querer correr perigo diante de uma realidade incompatível com o EB.

A solução de tudo é macro mas não tem jeito se não for pelas políticas de estado - políticas estas que o Rio de Janeiro não sabe mais aplica-las porque as elites políticas fracassaram e levaram o Estado ao caos.

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Enfim, está na hora de levar o Exército a sério e deixá-lo no seu lugar de sempre, de guardião, mas nunca de arremedo de solução para um problema de gestão de políticas públicas e de postura ética das elites.

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