Exemplo a ser seguido: Bolívia cresceu com petróleo nacionalizado
Enquanto a Bolívia cresce mais que os EUA mantendo seu petróleo nacionalizado, Temer, de costas para as experiências concretas e positivas da América do Sul, está entregando nosso petróleo de bandeja, com a cumplicidade do Congresso e do Judiciário
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Enquanto a Bolívia cresce mais que os EUA mantendo seu petróleo nacionalizado, Temer, de costas para as experiências concretas e positivas da América do Sul, está entregando nosso petróleo de bandeja, com a cumplicidade do Congresso e do Judiciário.
A elite golpista deste país, que prega a privatização desenfreada e a entrega de nosso petróleo e nossas hidrelétricas à empresas ou estados internacionais, repete o discurso de que o Brasil vai mal por culpa de Lula e Dilma que fizeram o contrário.
Como explicar então que um país como a Bolívia, há mais de uma década venha crescendo a 5% ao ano, taxa superior a dos EUA, se o presidente Evo Morales faz exatamente o que pregou Lula em sua orientação socialista?
Líder sindical dos cocaleros – o maior movimento social das últimas duas décadas na Bolívia, pelo MAS - Partido Movimento para o Socialismo, Evo focou na diminuição da desigualdade, na reforma agrária, no controle do estado sobre setores estratégicos como a produção do petróleo, gás, energia elétrica.
Os números falam por si só. O crescimento durante os governos de Evo, há mais de 10 anos no poder, tem sido chamado de "milagre econômico boliviano".
Segundo levantamento divulgado pela BBC Brasil, a imprensa, inclusive o Brasil 247, em 2016, a Bolívia cresceu 4,3%, sendo seguida por Paraguai (4,1%) e Peru (4%). A lista segue com Colômbia (2%), Chile (1,6%) e Uruguai (1,5%), enquanto o Brasil teve retração de 3,6% em plena crise insuflada pelos golpistas que nunca aceitaram a vitória de Dilma.
O resultado boliviano foi muito expressivo se comparado aos EUA que cresceu apenas 1,5%.
Especialistas afirmam que a razão do sucesso do país no campo econômico se baseia em três pilares: investimento planejado; estabilidade política ; e a nacionalização dos hidrocarbonetos como gás e petróleo, em 2006.
A fase de nacionalização incluiu em alguns casos, a transferência de empresas privadas para as mãos do Estado e, em outros, a renegociação de contratos com empresas estrangeiras que continuaram operando no país.
Agora vejam só, várias multinacionais assinaram novos contratos com a estatal YPFB - Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos – estabelendo o pagamento de taxas entre 50% e 85% do valor da produção, entre outras coisas.
Se multinacionais aceitaram continuar operando no país pagando preços muito acima do que pagavam antes é porque mesmo assim, com lucros divididos, o negócio continua sendo interessante.
Isso prova que Evo estava correto e que Temer é um estúpido entreguista, porque se aceitaram pagar mais lá é claro que aceitariam fazer o mesmo aqui. Não é necessário então oferecer preços irrisórios para a exploração de nosso pré-sal, como denunciado pela associação dos petroleiros, nem renúncia fiscal, num governo que congelou por 20 anos os investimentos sociais.
Segundo especialistas "a nacionalização e o imposto direto cobrado sobre os hidrocarbonetos foram alguns dos principais elementos que explicam o alto crescimento econômico".
De acordo com porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI) falando à BBC Mundo, "nos últimos 14 anos, o crescimento econômico foi impulsionado principalmente pela explosão dos preços das matérias-primas ... pelos significativos investimentos públicos e pelo alto gasto em políticas sociais".
E aqui no Brasil , o golpista Temer, no lugar de cobrar mais pelo preço da matéria prima explorada por investidores interessados, oferece a preço de banana e aumenta o preço da gasolina toda semana ao consumidor do mercado interno. Isso sim é ser traidor de seu povo.
A liderança da Bolívia no crescimento na América do Sul deve ser mantida neste e no próximo ano, segundo projeções do FMI, que aponta como fator de peso para isso, inclusive, a queda no uso de dólares, que há cerca de dez anos, costumava ser usado no lugar da moeda local.
No campo político, a gestão de Evo é claramente similar a de Lula por suas políticas inclusivas.
A estabilidade política contribuiu para a econômica e foi conseguida aos poucos também devido à melhoria dos indicadores de inclusão social. Em 2004, 63% da população era pobre. Em 2015, esse índice passou a 39%.
A distribuição de renda também melhorou nesse período, de acordo com dados do FMI. A Bolívia passou de país mais desigual da América do Sul a uma posição média no continente.
Esses sucessos beneficiaram a imagem internacional de um país governado por um partido composto por organizações sindicais e centrais agrárias indígenas e camponesas – e que negociaram com o governo quando necessário, acordos para minimizar crises.
No Brasil, Lula tirou 40 milhões da pobreza, transformou a imagem do Brasil a nível mundial e foi chamado por Barack Obama de "o cara". Tudo indica que pode voltar.
Portanto, nós brasileiros e o próximo governo eleito democraticamente pelo povo, ao contrário do entreguista Temer, devemos nos mirar nos exemplos vitoriosos da América do Sul , como a Bolívia, e nos preparamos para a retomada de um Brasil soberano e mais igual.
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