EUA e aliados bombardearam a Síria porque querem seu petróleo

Antes do ataque bélico dos EUA, iniciado há alguns anos sob o pretexto de estar combatendo terroristas – mercenários pagos por eles mesmos para desestabilizar o país e derrubar Al Assad - a Síria era o único país pacífico na área, sem guerras ou conflitos internos

Fumaça é vista na região de Ghouta Oriental, na Síria 27/02/2018 REUTERS/ Bassam Khabieh
Fumaça é vista na região de Ghouta Oriental, na Síria 27/02/2018 REUTERS/ Bassam Khabieh (Foto: Chico Vigilante)


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Quem olha de longe não entende o que acontece na Síria. O último bombardeio não tem nada a ver com destruição de armas químicas, mas com petróleo.

Muitos dizem, ah, esses árabes não perdem uma oportunidade para brigar, já estão acostumados a guerrear o tempo todo.

Outros falam o que escutam da Globo que repete o que diz grande parte da imprensa americana, inglesa e francesa a respeito.

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Uma imprensa dominada pelos interesses imperialistas destes países sobre o petróleo no mundo.

Imprensa essa que vendeu a falsa versão de que o presidente sírio, Bashar Al Assad, havia autorizado um ataque com armas químicas sobre a própria população. Com que objetivo ele faria isso?

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Por sinal, os três países juntos e sem a autorização de seus parlamentos, bombardearam a Síria um dia antes da chegada da equipe internacional que checaria a existência ou não de laboratórios de produção de armas químicas no país.

Eles não poderiam esperar nem mais um dia pelos resultados da equipe internacional? Claro que não, porque se esperassem poderia ficar provado exatamente o contrário do que querem fazer crer: a Síria não produz armas químicas.

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Já vimos este filme no Irã, todos se lembram.

Poderia ficar provado que as fotos distribuídas às agências do mundo todo de crianças sendo lavadas em praça pública - simulando um tratamento para ataque químico - são falsas.

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Na verdade, segundo o correspondente do Jornal Independent, e da rádio irlandesa Spirit, Robert Fisk, que ouviu o médico que cuidava das crianças, elas haviam inalado poeira e detritos depois de um ataque por bombas na cidade, mas não com armas químicas, cujos efeitos no corpo são totalmente diferentes.

Segundo informou o jornalista, durante o tratamento um grupo de pessoas chegou gritando "gás" para criar alarme e fazer fotos e vídeos.

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A trama é para derrubar Bashar Al Assad, presidente legitimamente eleito pelo povo.

Na verdade, este é o objetivo dos americanos, ingleses e franceses, aliados históricos contra países ricos em minérios e petróleo, a exemplo do que fizeram, no Iraque, no Afeganistão, na Líbia e pretendem fazer na Venezuela, no Brasil: explorar petróleo a preço de banana.

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As razões do ódio contra Bashar Al Assad não é de forma alguma pelo uso de armas químicas contra a população de Doumos.

Imaginem se vão se preocupar com meia dúzia de sírios quem ordenou a matança de milhares de vietnamitas com Napalm; quem sempre apoiou o avanço de Israel sobre as terras palestinas; quem cercou e matou de fome e frio na neve milhares de jovens soldados argentinos nas ilhas Falklands/Malvinas...

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... e um incontável número de atrocidades cometidas pelo mundo.

A real intenção dos EUA, Inglaterra e França é derrubar Bashar Al Assad porque, assim como Maduro, é um nacionalista que não aceita as imposições do capital financeiro internacional na Síria.

As razões do ódio contra Al Assad estão maravilhosamente expostas em texto publicado pelo site da TV Russa, e traduzido por Ivo Pugnalone.

Na Síria não há Banco Central Rothschild. É o único país árabe que não tem dívidas com o Fundo Monetário Internacional ou com o Banco Mundial.

A família Al Assad pertence à tolerante orientação alauita do Islã; as mulheres sírias têm os mesmos direitos que os homens no atendimento à saúde e à educação, e NÃO são obrigadas a usar a burca.

A Sharia (lei islâmica) é considerada inconstitucional, e a Síria é o único país árabe com uma Constituição laica que não tolera movimentos extremistas islâmicos.

Enquanto em outros países árabes, a população cristã não chega a 1% devido ao assédio sofrido, cerca de 10% da população síria pertence a um dos muitos ramos cristãos que sempre estiveram presentes na vida política e social.

A Síria é o único país do mundo que admitiu refugiados iraquianos sem discriminação social, política ou religiosa; e se opõe ao sionismo e ao criminoso apartheid de Israel;

A Síria é o único país mediterrâneo que ainda é dono de sua companhia petrolífera, e possui 2.500 milhões de barris de reservas de petróleo, cuja exploração é reservada a empresas do Estado.

Antes do ataque bélico dos EUA, iniciado há alguns anos sob o pretexto de estar combatendo terroristas – mercenários pagos por eles mesmos para desestabilizar o país e derrubar Al Assad - a Síria era o único país pacífico na área, sem guerras ou conflitos internos.

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