Eu preciso de um Hulk em uma sociedade sem lei
EU PRECISO DE UM HULK, pois minha sociedade moderna e nacionalista as avessas é uma terra sem lei; que aterra tudo, que esquece tudo, e que tenta varrer da HISTÓRIA, os mortos vitimados por sua volúpia típica de uma Quarta Revolução Industrial e seu "iluminado" desenvolvimento inversamente proporcional ao amor ágape, lamentavelmente
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Nesta quinta-feira (14) fez 365 dias que uma parlamentar carioca sofreu um ataque brutal no Rio de Janeiro conjuntamente com seu motorista – Anderson – duas vidas ceifadas. E por uma questão de apenas um dia na cronologia do fato – o mês de março, em seu décimo terceiro dia do ano corrente, ontem, assistiu ao assassinato brutal de oito pessoas dentro de uma escola, que morreram pelas mãos de dois atiradores estimulados pelo ódio, em Suzano, São Paulo.
Fatos assim atestam que existem comandos negativos que podem subjugar toda uma comunidade. E independente de sua opção partidária, isto é preocupante no que tange a sobrevivência geral.
As estatísticas apontam dados extremos de assassinatos no Estado do Rio de Janeiro, em especial. Em torno de 7.000 foram às mortes no ano de 2018. E dentro deste percentual estão constando os nomes da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes. O luto é um estado fúnebre que reverencia o morto, com intensidade que reverbera durante um tempo.
Perder um ente é aterrador e traumatiza, os psicólogos e afins perfazem tal acompanhamento do enlutado; pois se de forma natural; por idade, ou patologia, perder um ser querido, é dorido e constitui estranhamento; mesmo a espécie humana tendo consciência biológica de que o evento é intrínseco ao processo da vida – Não consegue ainda aceitá-lo naturalmente.
E de forma antinatural, ou sobrenatural, se vai buscando meios e fins para compreender e justificar a finitude. Eternidade é um termo que significa "sem fim" ou "tempo sem fim"; a filosofia tem a missão de se aprofundar nestes conceitos, como redentora.
Até determinado período da existência hominídea estes representantes originais de uma pseudo-espécie humana, não entendiam o que era "o sentimento do luto" e seguiam seus rumos, quando algum membro do grupo ficava enfermo, ou morria. O Homo neanderthalensis foi pioneiro em se tratando de funerais, e daí em diante procuramos ser tradicionais em termos de solda.
Viver é um exercício diário de adaptação às intempéries literais e metafóricas. Se adaptar aos pais, ao país, ao trabalho, ao ócio, ao modelo político, ou ao atirador da vez, é algo altamente estressante, ou seja, o hormônio adrenalina ressurge constantemente fazendo o coração acelerar, através da percepção de estímulos externos mais variados. E tal manifestação hormonal muita das vezes poderá levar um indivíduo também a morte; pelo excesso produzido no sangue.
A vida que vira notícia através do falecimento, e principalmente através da morte política e social autentica uma SOCIEDADE SEM LEI; com poder reformador da maneira de pensar de cada um. Um monge, uma freira, um pastor, uma menina, um menino, um padre, podem sofrer a influencia da adrenalina, caso seja estimulado.
Quando alguém planeja a morte de seu próximo: Ele planejou a curto, ou em longo prazo esta ação. Nossa filogenia não começou no Homo sapiens, perpassou por outros níveis de experimentação filogenética - A adrenalina surgiu como um fator de emergência, quando a linguagem ainda nem existia: EU PRECISO DE UM HULK! já que este herói ou este salvador amalgamado bioquimicamente URRA por licitude, pulando dos quadrinhos; surgido na mente de uma criatura criativa e com sede de justiça.
EU PRECISO DE UM HULK, pois minha sociedade moderna e nacionalista as avessas é uma terra sem lei; que aterra tudo, que esquece tudo, e que tenta varrer da HISTÓRIA, os mortos vitimados por sua volúpia típica de uma Quarta Revolução Industrial e seu "iluminado" desenvolvimento inversamente proporcional ao amor ágape, lamentavelmente.
EU PRECISO DE UM HULK – LIVRO LANÇADO NA BIENAL DE SÃO PAULO EM 2010.
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