Estatizar “OS” para enfrentar coronavírus

Agir, diretamente, sobre o problema, com a visão do Estado, e, consequentemente, sujeita a sua ação politicamente decisiva no combate à pandemia. Faz-se urgente e necessária, para substituir a ação do setor privado, por meio das insuficientes e ineficazes OS



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Esquenta campanha eleitoral.

Guilherme Boulos, que com deputada Luíza Erundina, vão à luta com o PSOL pela prefeitura de São Paulo, colocou, hoje, na TV 247, o dedo na ferida da política de saúde do governo Bolsonaro, que não enfrenta a pandemia e contribui, decisivamente, para o genocídio de mais de 80 mil mortes até agora.

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Disse ele que o grande gargalo é a terceirização, pelo Estado, dos serviços de Saúde, por meio das denominadas OS - Organizações Sociais de Saúde -, controladas pelo setor privado.

Ou seja, os governos estaduais, municipais e federal se rendem aos interesses da medicina privada que loteou, por meio das OS, o sistema nacional de Saúde.

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O SUS, nesse sentido, está dominado por elas, nessa hora em que o novo coronavírus devasta a vida de milhões de brasileiros.

GESTÃO DIRETA

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O que deveria estar acontecendo, desde o início, na avaliação do candidato do PSOL, é a gestão direta do poder público no combate à Covid-19.

Mas, não, essa tarefa está sendo terceirizada pelo Estado, transferindo a responsabilidade ao setor privado.

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O governo Bolsonaro e os demais governos estaduais e municipais, estruturados, no setor de saúde, pelo interesse privado e não público, terceirizam o SUS.

Somente, na aparência, na teoria, apresenta-se como sistema público, porque, na prática, vende gato por lebre, utilizando-se do setor privado - as OS - que não está dando contra do recado.

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Trata-se de falso ataque do poder público de forma indireta ao maior inimigo da população, tanto na atualidade nacional, como mundial.

No plano internacional ocorre o contrário, com os governos fazendo o que Boulos e Erundina defendem: gestão direta do sistema de saúde, na linha política social democrata.

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As exceções são, justamente, os Estados Unidos, país mais rico do mundo, e o Brasil, que apresentam os piores resultados, no enfrentamento à Covid-19.

ISOLAMENTO SOCIAL DIREITO HUMANO

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Os governos sociais democratas na Europa e na Ásia, bem como os comunistas, na China, reagiram ao coronavírus, na primeira hora, considerando o isolamento social direito do ser humano, que o Estado tem que garantir.

Daí que liberaram gastos públicos sem preocupações com as restrições orçamentárias.

Partiram do raciocínio de que salvação da economia está, em primeiro lugar, não na preservação dos empregos, mas preservação da vida.

O papel de assegurar a renda dos trabalhadores, que, em tempos normais, é garantida pela oferta privada de postos de trabalho, passou a ser responsabilidade do Estado, instituição pública, comandada, na democracia, pelo voto popular.

A renda básica universal está sendo amplamente garantida por eles.

Dessa forma, salva-se o verdadeiro valor do capital que é o trabalho, visto que o trabalho é valor que se valoriza.

COLAPSO DA ORDEM NEOLIBERAL

Bolsonaro, inversamente, submetido à ordem neoliberal criminosa de Paulo Guedes, destrói o trabalho, exterminando o trabalhador.

Não fosse o Congresso aprovar o auxílio emergencial de R$ 600, que Bozo-Guedes pretendia fosse de R$ 200, o país estaria em guerra civil.

Muito, provavelmente, teria já havido intervenção militar, para conter a insenstez da visão neoliberal, felizmente, rejeitada pelo Parlamento.

Boulos coloca em pauta o grande assunto nacional, a privatização indireta do SUS que fracassa, miseravelmente, frente ao combate à pandemia.

O setor privado, que capitaliza preços dos setores de saúde, por priorizar o lucro e não a vida da população, é o grande agente do terror que acelera mortes, devidamente, respaldado pelo governo neoliberal bolsonarista.

ESTATIZAR JÁ AS "OS"

Agir, diretamente, sobre o problema, com a visão do Estado, e, consequentemente, sujeita a sua ação politicamente decisiva no combate à pandemia. Faz-se urgente e necessária, para substituir a ação do setor privado, por meio das insuficientes e ineficazes OS.

Somente, desse modo, haverá mudança de qualidade no enfrentamento do vírus mortífero.

Atacar ele por meio do interesse privado, que visa lucro, antes de mais nada, monitorando o SUS, essencialmente, público, é o grande erro político do governo Bolsonaro.

Erro, não, pois seu objetivo, como o de Paulo Guedes, é o de privatizar o SUS, na medida em que se insiste nas OS como principais protagonistas da política de saúde.

Esse mal, diga-se, a bem da verdade, já vem de algum tempo, e a esquerda, também, tem a digital nesse processo.

Mas, como a questão sobrepõe-se às considerações do interesse privado, para colocar-se, primordialmente, no plano do interesse público, chegou a hora de ESTATIZAR as OS.

Somente, dessa forma, será possível enfrentar, com competência, o novo coronavírus.

Esse deveria estar sendo o papel do Ministério da Saúde, que se revela inoperante, justamente, para não incomodar o setor privado de saúde, que domina o SUS, mas que não consegue operar, eficazmente, o combate à pandemia.

BOLSONARISMO INCOMPETENTE E FRACASSADO

O Estado, graças ao bolsonarismo incompetente, perde a batalha, na pandemia, porque trata ela com o olho do setor privado, com o olho do lucro e da ganância, e não com a visão ampla do interesse público, social etc.

O Estado social foi, por Bolsonaro, submetido ao neoliberalismo de Guedes, cuja prioridade é entregar o patrimônio nacional a preço de banana para investidores internacionais.

Guilherme Boulos e Luíza Erundina abrem grande picadas na discussão do assunto, esquentando campanha eleitoral que promete ser quente.

Priorizam interesse social na questão mais relevante para a população amargurada, triste, desalentada e desesperada, com a inoperância dos neoliberais que, ao contrário, priorizam a morte em vez da vida.

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