Estamos nas mãos de Putin
"Estamos nas mãos de Putin. Se ele mantiver a cabeça fria, como tem mantido e não reagir aos mísseis de Trump vai dar uma demonstração de que realmente os russos veneram acima de tudo a paz e a vida; mas se sua decisão for na base do olho por olho, vamos sentir saudades do tempo em que nossa grande preocupação era um tal de Michel Temer", diz o colunista Alex Solnik, sobre o que pode ser o começo da terceira guerra mundial
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Espero que Putin seja mais equilibrado que Trump e não responda na mesma moeda ao estúpido ataque à Siria.
O mais revoltante é que sob pretextos humanitários Trump, na prática, declarou guerra não só à Síria, mas à Rússia, e, como todos sabem sua atitude vai colaborar para aumentar o número de mortos e feridos e não diminuir.
Ou será que os mísseis de Trump são melhores que os gases assassinos de Assad?
Se ele ficou compadecido com as cenas de crianças mortas pela guerra química deveria tomar medidas em direção ao cessar-fogo e não jogar mais gasolina na fogueira.
Os antecedentes são explícitos em atestar que, onde os americanos jogaram bombas a situação só piorou.
Aqueles que disseram que de louco Trump não tem nada estavam redondamente enganados. De louco ele tem tudo: nem conhece direito ainda a Casa Branca e já detona um ataque de consequências imprevisíveis que coloca em risco a paz mundial.
Reino Unido, Alemanha e França já se puseram de acordo com Trump. Seus dirigentes são tão doidos quanto ele. Ataques com mísseis não acabam com guerras, somente as ampliam.
Trump alegou motivos de segurança nacional para atacar, mas na verdade atentou contra a segurança nacional. É fácil verificar. Basta perguntar a qualquer americano se ele se sente mais seguro ou mais inseguro um dia depois do ataque.
Estamos nas mãos de Putin. Se ele mantiver a cabeça fria, como tem mantido e não reagir aos mísseis de Trump vai dar uma demonstração de que realmente os russos veneram acima de tudo a paz e a vida; mas se sua decisão for na base do olho por olho, vamos sentir saudades do tempo em que nossa grande preocupação era um tal de Michel Temer.
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