“Essa gente” (o PT) causa repulsa ao FHC
FHC, realmente, por mais que passe os anos é completamente alienado no que diz respeito a conhecer as camadas mais pobres da população e, consequentemente, compreender suas realidades
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I — é íntimo de Paris, Londres e Nova York. Como um "bom" burguês tupiniquim, o político veterano do PSDB é completamente divorciado das questões e dos interesses nacionais, apesar de ter dito uma vez que tinha "um pé na cozinha", como se quisesse deixar claro que conhece o povo.
O "Príncipe" dos Sociólogos foi mais além: pediu ao público que esquecesse tudo o que ele escreveu. Tal atitude poder-se-ia chamar de conduta patética, pois de uma incoerência que deve ter deixado apopléticos todos os escritores e mestres que FHC leu em toda sua vida. Incluo nesta lista os vivos e também os mortos.
Brincadeirinha do tucano admirado pelos burgueses e pequenos burgueses (classe média), que, apesar do tempo, continua preso em uma ampulheta, que remonta às décadas de 1980 e 1990, quando a grande maioria dos países e dos povos, por intermédio do Consenso de Washington, passou a ser explorada, privatizada, espoliada e roubada pelos países ricos da Europa Ocidental, bem como pelos Estados Unidos, só que agora de forma mais sofisticada, ao invés das tradicionais invasões e ocupações territoriais, por meio das forças armadas dos países imperialistas e beligerantes.
O neoliberalismo que recrudesceu a roubalheira secular dos países mundialmente hegemônicos e adorados por parte influente e poderosa da sociedade brasileira. Gente igualzinha ao FHC. Gente rica e de classe média, porém, culturalmente colonizada e irremediavelmente com uma autoestima tão baixa, no que concerne ao Brasil, que seria quase impossível que esse pessoal bem nutrido, branco e de faces rosadas compreendesse que a Nação brasileira luta por duas coisas: igualdade de oportunidades e justiça social.
E o Neoliberal I, eufórico com a pequena subida do candidato tucano Aécio Neves nas pesquisas eleitorais, soltou a seguinte pérola: "Se vai dar, não vai dar... depende de nós agora. Votar lá e pronto. Há possibilidade e o que é mais importante: é preciso derrotar essa gente que está no governo, não é só o PT não, essa gente que está no governo porque fizeram muita coisa errada no Brasil",
FHC, realmente, por mais que passe os anos é completamente alienado no que diz respeito a conhecer as camadas mais pobres da população e, consequentemente, compreender suas realidades. O grão-tucano simplesmente não consegue perceber nada, bem como os integrantes das classes hegemônicas que ele representa e faz questão de defender seus interesses, mesmo a estar com mais idade e não concorrer há muito tempo a um cargo eletivo.
A direita brasileira é um substrato da direita internacional, a dos países considerados desenvolvidos, que tem a peculiaridade de ser nacionalista e austera, bem como não entreguista, como as "elites" do Brasil o são. Não existe nada mais daninho, servil, subalterno, subserviente, provinciano e traidor do que o inquilino da Casa Grande, que há cinco séculos explora o trabalhador e usufrui deste País, com a cumplicidade de seus apaniguados, a exemplo de setores da classe média empregados da grande burguesia, pois delas adquiriram seus princípios e valores, apesar de não frequentarem seus saraus e regabofes, porque nunca são convidados.
O Neoliberal I não se conteve, pois sente repulsa. Praticamente repetiu as palavras do barão Konder Bornhausen, de Santa Catarina, homem de confiança da ditadura militar, que certa vez demonstrou desejo de "exterminar essa raça". "Raça", para o Konder, significa o PT, os petistas, os esquerdistas, os comunistas, os socialistas, os trabalhistas, os democratas, os presidentes Lula e Dilma, quiçá os trabalhadores e o povo brasileiros etc. etc. etc.
Agora, é a vez do majestático "Príncipe" da burguesia mais atrasada do mundo e que escravizou seres humanos por quase 400 anos sentir a mesma repulsa do Jorge Bornhausen. FHC é assim: fingi-se de leitão para poder mamar deitado. Só que ele se esquece de uma coisa: quem fez coisa errada no Brasil foi ele, quando o governou como um caixeiro viajante, ao invés de pelo menos tentar ser um estadista. E como sê-lo, se o Neoliberal I é uma pessoa colonizada e com a cabeça no passado colonial deste País.
Fernando Henrique Cardoso — o "Príncipe Neoliberal I" — vendeu o Brasil, e, impunemente, finge que ele e o Aécio Neves são sérios. É isso aí.
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