Esquerda tem que ir às ruas por cassação de Temer
"O discurso do combate à corrupção se esvaziou. Sem discurso, não tem rua. Por isso as manifestações de domingo fracassaram. O fracasso das manifestações é equivalente ao fracasso do governo Temer", avalia Alex Solnik; jornalista defende que "essa é a hora de a esquerda retomar as ruas perdidas. Não é ir às ruas contra a reforma da Previdência apenas, mas ir às ruas contra Temer"; "A esquerda, se quiser retomar o protagonismo político tem que ir às ruas para garantir a sua cassação no TSE, ameaçada pela presença de seu amigo Gilmar Mendes na presidência do tribunal", afirma; "Se ou as ruas ou a Globo não pressionam, nada acontece neste país", lembra Solnik
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A direita perdeu o discurso e as ruas.
O discurso de que Dilma tinha que ser deposta como medida moralizadora de salvação do país caducou.
Com a sua deposição, os corruptos – que estavam nos porões do navio – chegaram ao convés, é o que a Lava Jato cansa de demonstrar todos os dias.
A direita foi às ruas em apoio à Lava Jato sem perceber que a operação é a maior ameaça à sobrevivência de Temer.
Os reacionários não se tocaram que não podem ao mesmo tempo lutar contra a corrupção e a favor de Temer, porque são assuntos excludentes.
Se dão força à Lava Jato enfraquecem Temer; se dão força a Temer enfraquecem a Lava Jato.
O governo Temer não combate a corrupção, protege os suspeitos de corrupção. O governo Temer não combate a corrupção, combate a Lava Jato.
O discurso do combate à corrupção se esvaziou.
Sem discurso, não tem rua. Por isso as manifestações de domingo fracassaram.
O fracasso das manifestações é equivalente ao fracasso do governo Temer.
Essa é a hora de a esquerda retomar as ruas perdidas.
Não é ir às ruas contra a reforma da Previdência apenas, mas ir às ruas contra Temer. Não com o Fora Temer genérico, mas com uma bandeira específica: a sua cassação.
A esquerda, se quiser retomar o protagonismo político tem que ir às ruas para garantir a sua cassação no TSE, ameaçada pela presença de seu amigo Gilmar Mendes na presidência do tribunal.
A rua é o único elemento de pressão na falta da Globo. Se ou as ruas ou a Globo não pressionam, nada acontece neste país.
A esquerda que passou os dois últimos anos na defensiva (defendendo a democracia) agora tem que partir para o ataque contra o governo que ameaça a democracia.
A ameaça à democracia, iniciada com o golpe parlamentar, continuou e continua com a formação de um governo e de sua maioria parlamentar investigados por corrupção e suas investidas por retirar todas as garantias sociais inseridas na constituição, graças a essa maioria.
A esquerda não pode se acomodar e assistir de camarote às manobras que Gilmar Mendes deve estar preparando em busca da sobrevida de seu amigo Temer, que é a sobrevida de todos seus projetos nefastos e retrógrados.
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