Escroques do Brasil de banana à caça da Medalha de Ouro...
Temer O Usurpador já começou a executar seu plano máster – saído diretamente do manual do capitalismo de desastre. Uma das 'políticas' chaves é vender a Petrobras
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iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular"A gangue não judicial mas persecutória inclui 1/3 de todos os eleitos nessa legislatura para o Congresso do Brasil, todos acusados numa impressionante seleção de escândalos. A farsa institucional geral sugere que Legislativo, Judiciário e o Ministério Público fizeram parar todos os processos nos quais apareciam como acusados os canalhas 'legislativos'; e, ao mesmo tempo, aceleraram o procedimento, sem qualquer fundamento legal, contra a presidenta. É a definição de crime organizado. (...)
O Brasil permanece totalmente paralisado pela farsa político/institucional. A 8ª maior economia do mundo, o país que é o 2º maior exportador de alimentos do mundo, a maior plataforma industrial de todo o ocidente em desenvolvimento está caído na calçada, sangrando de morte."
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Os Jogos Olímpicos do Rio chegaram ao fim – Bolt, Phelps, Neymar, a piscina de água verde, Lochte o Norte-americano Feio e tudo –, mas uma audiência global pode ter sido poupada de um vergonhoso último ato.
Medíocre, incompetente, oportunista, corrupto, covarde e usurpador político diplomado, o presidente interino Michel Temer, recusou-se a aparecer na cerimônia de encerramento dos jogos, com medo de ser vaiado por um estádio do Maracanã lotado. Segundo as mais recentes pesquisas, 79% dos brasileiros querem Temer fora (#ForaTemer). Já.
Assim, Temer O Usurpador não apareceu para, conforme o protocolo, passar o bastão (para Tóquio 2020) ao primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe, que lá estava, presente. A equipe de Temer ofereceu reunião mais tarde, na capital, Brasília. Os diplomatas japoneses descartaram o convite, sem meias palavras; quem se interessaria por pôr o próprio primeiro-ministro diante de um covarde, no buraco onde se esconde?
O ex-presidente Lula muito trabalhou, emlobby incansável, para levar os Jogos Olímpicos para o Rio de Janeiro, e todas as preparações foram feitas durante o governo da presidenta Dilma Rousseff. Combinada ao medo figadal de Temer, de ser vaiado logo na Cerimônia de Abertura dos jogos, que levou à humilhação diplomática subsequente, foi lançada umacampanha ridícula, patética, de propaganda política logo depois do fim dos jogos, tentativa de apagar completamente o trabalho dos presidentes Lula e Dilma. Muitos atletas brasileiros, dos que apresentaram grandes performances nos jogos, são beneficiários de programas de formação de atletas e treinamento patrocinados pelos governos Lula e Dilma.
Agora, os Jogos dos Escroques [orig.Scoundrel Games] estão de volta ao Brasil – com uma junta de senadores disputando medalhas de ouro com uma gangue institucional que envolve grandes bancos, grandes empresas, empresas de mídia, setores do Judiciário e da Polícia Federal. A farsa está sendo vendida como se fosse alguma espécie de tribunal, no qual a presidenta Rousseff é julgada, depois de acusada – sem nenhuma prova – de ter 'maquiado' o orçamento nacional.
Diferente do covarde usurpador, a presidenta irá ao Senado e lá encarará os 81 senadores. É o pessoal que, no final desse mês, para todas as finalidades práticas fará o que bem entender da democracia brasileira, 'porque sim'. Rousseff, no caso de – se acontecer um milagre – não ser impedida, propõe um referendo que leve a novas eleições.
No pé em que está, a coisa não tem boa cara. O falecido grande Jean Baudrillard – apaixonado pelo Brasil – teria caracterizado o movimento para impedir a presidenta como simulacrum, para esconder o verdadeiro crime: o golpe parlamentar/institucional orquestrado por conhecido bando de escroques, inclusive Temer.
O golpe, multifacetado, com elementos modificados de Guerra Híbrida, já tem final pré-fabricado. Não importa sequer que até especialistas no Ministério Público do Brasil tenham dito repetidas vezes que não há qualquer base jurídica para o impedimento da presidenta. Até o Procurador da Justiça Federal encarregado do caso concluiu, há algumas semanas, que Rousseff não cometeu crime – "de responsabilidade" ou qualquer outro tipo.
A gangue não judicial, mas persecutória, inclui 1/3 de todos os eleitos nessa legislatura para o Congresso do Brasil, todos acusados numa impressionante seleção de escândalos. A farsa institucional geral sugere que Legislativo, Judiciário e o Ministério Público fizeram parar todos os processos nos quais apareciam como acusados os canalhas 'legislativos'; e, ao mesmo tempo, aceleraram o procedimento, sem qualquer fundamento legal, contra a presidenta. É a definição de crime organizado.
O objetivo, do ponto de vista da galáxia que urdiu o golpe é criminalizar e dar cabo do Partido dos Trabalhadores, mesmo que não haja crime (não havendo, inventa-se) – de Lula e Rousseff, até os escalões inferiores –, soterrados sob uma montanha de alegações de "obstrução da Justiça".
E o governo Obama está a-do-ran-do
O presidente da empresa gigante das construções Odebrecht, encarcerado já há meses, acaba de acusar Temer O Usurpador de ter 'solicitado' – e recebido – "ajuda eleitoral" não declarada, em dinheiro, para seu partido, o PMDB. Temer já foi condenado por violação da legislação que rege as finanças de campanhas eleitorais e está impedido de concorrer a eleições por oito anos.
O ministro interino de Relações Exteriores Jose Serra também recebeu "ajuda eleitoral" para sua campanha eleitoral em 2010; parte do dinheiro foi depositado no exterior, crime que, se devidamente investigado, poderia resultar em o partido dele, o PSDB, perder o registro eleitoral.
Nas últimas semanas, Temer O Usurpador fez o diabo para turbinar o cronograma da farsa do impeachment, ao mesmo tempo que impediu que Rousseff construísse defesa detalhada. A desculpa dele? Que tem de ir a Hangzhou, China, para a reunião de cúpula do G20 que começa dia 4 de setembro. E não pode ir como interino.
Mas a verdadeira razão para a correria é que Temer teme como a praga a grave acusação de corrupção que lhe fez Odebrecht. E outras acusações podem estar começando a aparecer. Por hora, pelo menos, está protegido: uma Gangue à moda Máfia – a deusa Mercado, os grandes bancos e a mídia-empresa rendida – está do lado dele.
O Brasil permanece totalmente paralisado pela farsa político/institucional. A 8ª maior economia do mundo, o país que é o 2º maior exportador de alimentos do mundo, a maior plataforma industrial de todo o ocidente em desenvolvimento está caído na calçada, sangrando de morte. Os trabalhadores da indústria do petróleo acusam a Gangue de ter destruído 1,5 milhão de empregos. Enormes projetos de infraestrutura foram paralisados. As gigantes construtoras brasileiras virtualmente falidas; a Odebrecht, só ela, demitiu mais de 70 mil empregados.
Paralelamente, o 'governo' de Temer O Usurpador já começou a executar seu plano máster – saído diretamente do manual do capitalismo de desastre. Uma das 'políticas' chaves é vender a Petrobras – e as reservas do pré-sal – a 'estrangeiros', quer dizer, a empresas norte-americanas interessadas. Lula identificou corretamente as reservas do pré-sal – a maior reserva de petróleo descoberta no planeta, até aqui, no século 21 – como fonte privilegiada de um novo impulso de desenvolvimento para o Brasil.
Mas há mais desastres no estoque: vender os meios locais de desenvolvimento industrial do Brasil, mediante privatizaçãohardcore; pôr fim à proteção ao know-howda engenharia brasileira; fazer cortes severos na educação e saúde públicas, em ciência e tecnologia; 'flexibilizar direitos trabalhistas, o que acontecerá com ataques àqueles direitos, que virão de todos os lados; ataque regressivo às aposentadorias; e sabotar o Mercosul – o mercado comum sul-americano –, em nome da mais vassala subordinação a interesses dos EUA.
O ministro de Relações Exteriores do Uruguai Rodolfo Nin Novoa – ele, ministro legítimo – viu-se obrigado a denunciar o ministro ilegítimo das Relações Exteriores do Brasil, o lamentável José Serra, por tentar subornar Montevidéu, para que fosse cúmplice no golpe para impedir que a Venezuela assumisse a presidência rotativa do Mercosul. Em pouco mais de três meses, Serra deu jeito de reduzir a diplomacia brasileira a um cacho de bananas podres.
E, sim, há a cereja do bolo: o governo pato-manco de Obama apoia integralmente o golpe e a farsa doimpeachment.
Obama, pelo menos, teve vergonha, até agora, de comprometer-se publicamente. A 'aprovação' veio sob a forma do secretário de Estado John Kerry, que se reuniu com Serra, em viagem ao Brasil no início de agosto. Kerry até emitiu longa declaração– pela qual, para todas as finalidades prática, legitimou o golpe.
Mas Kerry não teve colhões para reunir-se com Temer O Usurpador.[1] Tanto faz. Todo o sul global sabe de que lado está Washington. Mudança de regime pela via parlamentar/institucional, como todos sabem, é OK. Desde que impeça a integração dos países BRICS e o avanço comercial e de negócios dos chineses na América Latina.
Andando, andando, que já vimos o que havia para ver aqui – e Washington já está em negociações sérias para conseguir duas bases militares cruciais, gentileza do neoliberal vassalo Mauricio Macri na Argentina: uma na Patagônia; a outra plantada na tríplice fronteira Brasil/Argentina/Paraguai, bem ao lado do maior aquífero do planeta.
E há também aquele petróleo todo do pré-sal, para entregar à Chevron! Como não apreciar o cheiro de mudança de regime no café da manhã? Tem cheiro de vitória.[2] E você nem precisa mandar Marinespara fazer o serviço.*****continua após o anúncio
[1] Circulou nas redes no Brasil, no início do mês, uma foto, na qual aparecem Temer e Cerra olhando embevecidos para Kerry, que poderia sugerir que Kerry se tenha reunido com Temer. Não. Aquela imagem foi feita na recepção a chefes de Estado, antes das Olimpíadas [ao fundo, vê-se Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro]. Configura encontro social, não, de modo algum, encontro oficial de autoridades de Estado. Mais sobre isso emVIOMUNDO [NTs].
[2] Fala do filme Apocalypse Now (1979): "Gosto de cheiro de napalm pela manhã. Tem cheiro de vitória" [em ing.] [NTs].
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