Escândalo da Secom atinge Bolsonaro

"É público e notório que Bolsonaro, em campanha de reeleição desde que assumiu o governo, o que também é proibido, vem utilizando verbas públicas para promoção pessoal, tal como se viu nos casos em que deu entrevistas ao vivo a apresentadores do SBT (Ratinho) e da Band (Datena) em troca de polpudos valores de merchandising da Secom", aponta o jornalista Alex Solnik

(Foto: PR | Agência Brasil)


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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia -   As suspeitas que recaem sobre a atuação do chefe da Secom, Fábio Wajngarten – peculato, advocacia administrativa e quebra do princípio da impessoalidade na administração - e que já estão sendo investigadas pelo MPF e pelo TCU atingem em cheio seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro, o qual, não por acaso, não viu, “até agora”, “nada de errado” em sua conduta.

  É público e notório que Bolsonaro, em campanha de reeleição desde que assumiu o governo, o que também é proibido, vem utilizando verbas públicas para promoção pessoal, tal como se viu nos casos em que deu entrevistas ao vivo a apresentadores do SBT (Ratinho) e da Band (Datena) em troca de polpudos valores de merchandising da Secom, o que pode ser enquadrado como peculato (desvio de recursos públicos feito por funcionários públicos para proveito pessoal ou alheio), advocacia administrativa (patrocínio de interesses privados na administração pública) e quebra do princípio constitucional da impessoalidade na administração pública, ao fazer direcionamento político de verbas de propaganda de TV.

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   Expedientes ilegais como esses, listados dentre os crimes de responsabilidade que podem gerar processo de impeachment, explicam, em grande parte, sua popularidade no patamar dos 30%.

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