Entre passado e futuro, PT abre o mais importante congresso da sua história

"Na capacidade de fazer um balanço ainda não suficientemente exaustivo, mas suficiente para corrigir os erros e de se voltar para a formulação das alternativas de um futuro renovado para o pais, está o desafio do 6º Congresso do PT", diz o colunista do 247 Emir Sader; "Se a continuidade da liderança e da hegemonia do Lula sobre o conjunto do partido é uma realidade inquestionável, haverá renovação na presidência do PT, com a projeção de uma nova liderança, que aponta para a necessidade do partido se renovar, nas práticas e nas plataformas, na incorporação de novas gerações e na forma de agir interna e externamente, no discurso e na realidade concreta", afirma

"Na capacidade de fazer um balanço ainda não suficientemente exaustivo, mas suficiente para corrigir os erros e de se voltar para a formulação das alternativas de um futuro renovado para o pais, está o desafio do 6º Congresso do PT", diz o colunista do 247 Emir Sader; "Se a continuidade da liderança e da hegemonia do Lula sobre o conjunto do partido é uma realidade inquestionável, haverá renovação na presidência do PT, com a projeção de uma nova liderança, que aponta para a necessidade do partido se renovar, nas práticas e nas plataformas, na incorporação de novas gerações e na forma de agir interna e externamente, no discurso e na realidade concreta", afirma
"Na capacidade de fazer um balanço ainda não suficientemente exaustivo, mas suficiente para corrigir os erros e de se voltar para a formulação das alternativas de um futuro renovado para o pais, está o desafio do 6º Congresso do PT", diz o colunista do 247 Emir Sader; "Se a continuidade da liderança e da hegemonia do Lula sobre o conjunto do partido é uma realidade inquestionável, haverá renovação na presidência do PT, com a projeção de uma nova liderança, que aponta para a necessidade do partido se renovar, nas práticas e nas plataformas, na incorporação de novas gerações e na forma de agir interna e externamente, no discurso e na realidade concreta", afirma (Foto: Emir Sader)


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Já não são mais congressos de elaboração de programas para chegar à presidência da República. Já não são mais congressos do partido no governo, fazendo balanços e projetando os passos futuros.

O PT que abre agora seu 6º Congresso é um partido que se situa entre um denso passado recente, com os governos que mais transformaram positivamente o Brasil e as perspectivas imediatas abertas de poder retomar esse caminho, a partir das experiências adquiridas e dos reveses sofridos. Um Congresso que se faz com um partido fora do governo, com a responsabilidade do balanço das conquistas e das razões dos reveses, não para ficar assentado nesse passado, mas para se preparar para a nova disputa pelo governo do país.

Um Congresso que transcorreu de forma muito consensual, para quem torcia para arranca-rabos generalizados, depois dos tropeços e das visões diferenciadas sobre o passado recente e sobre o futuro próximo do partido e do Brasil. Um Congresso que se reúne cheio do vigor das experiências positivas, mas também de derrotas, que deixam feridas.

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Um partido visivelmente mais velho, com bancadas menores, com menos prefeituras, que traz assim no seu corpo as marcas da ofensiva da direita contra o PT. Mas em compensação, um partido que possui as mais importantes experiências – positivas e negativas – que um partido pode ter, como material de reflexão, de balanços, de formulação de novas perspectivas.

E tem a liderança do Lula, como seu elemento de continuidade, uma trajetória que espelha os próprios caminhos trilhados pelo partido desde sua fundação. Não apenas o maior líder do partido, mas que foi projetado a ser o maior líder popular da história do Brasil.

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Se pode dizer que o Congresso não conterá um balanço tão profundo quanto seria necessário, por todas as novidades que o caminho trilhado pelo partido no governo trouxe, assim como pelo balanço dos erros que levaram à derrota. Se se tivesse fechado o período histórico atual com uma derrota de longo prazo, provavelmente essa seria a agenda fundamental.

Mas o Congresso que leva o nome de Dona Marisa está a meio caminho entre esse passado que acabou de se fechar e a possibilidade aberta de um futuro com novas possibilidades de voltar a ser protagonista de um novo governo popular. Os balanços são feitos assim na perspectiva mais imediata das lições para qualificar o partido para propor alternativas de futuro possível em prazos relativamente curtos. Por isso o Congresso tem um pé nesse passado, com as lições positivas e negativas, e outro na disputa futura.

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O PT já não realiza seu Congresso nem como partido que nunca havia tido a possibilidade de dirigir o país, como eram seus primeiros congressos, em meio a todas as candidaturas derrotadas do Lula. E tampouco é o partido que fazia balanços das suas experiências de governo.

Na capacidade de fazer um balanço ainda não suficientemente exaustivo, mas suficiente para corrigir os erros e de se voltar para a formulação das alternativas de um futuro renovado para o pais, está o desafio do 6º Congresso do PT.

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Se a continuidade da liderança e da hegemonia do Lula sobre o conjunto do partido é uma realidade inquestionável, haverá renovação na presidência do PT, com a projeção de uma nova liderança, que aponta para a necessidade do partido se renovar, nas práticas e nas plataformas, na incorporação de novas gerações e na forma de agir interna e externamente, no discurso e na realidade concreta.

Será, de qualquer forma, uma expressão imponente do mais importante partido que a esquerda brasileira já produziu, e um dos mais importantes partidos de esquerda da América Latina e do mundo na atualidade, que tem na figura do Lula sua imagem mais alta. Até porque se o PT não se limita ao Lula, tampouco pode ser desligado da trajetória impressionante desse líder extraordinário, em cujo destino se espelham não apenas o futuro imediato do PT, mas do próprio Brasil.

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