Entre farpas e a BR 135, esqueceram os mortos e só restaram os feridos
Entre farpas e a BR 135, esqueceram os mortos e só restaram os feridos. Esse é o tom do que virá pela frente na mais acirrada disputa eleitoral que o Maranhão verá. Quem ganhou com a duplicação foi o povo e quem perdeu foram os que quiseram transformar a inauguração em filhos de suas criações políticas mirabolantes

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Tinha tudo pra ser um dia lindo com a inauguração do ano, mas o tempo nublado parecia prenunciar que o clima iria fechar feio naquela manhã da última quinta (11), no Maranhão.
Era a duplicação da BR 135, conhecida também como “rodovia da morte”, por terem nela acontecido centenas de acidentes – ao longo dos tempos e desde a sua inauguração – que ceifaram a vida de muita gente.
Para acabar de vez com a polêmica da paternidade dessa obra de duplicação e com o exame de DNA em mãos, podemos afirmar que o especialista em transportes, Pedro Fernandes ( O ex-quase Ministro de Temer), como Deputado Federal encaminhou requerimento aos Ministérios da Defesa e dos Transportes em 2007, sugerindo obras.
Ao primeiro, a implantação de um Posto da Polícia Rodoviária Federal no trecho entre Grajaú e Barra do Corda, na BR 226 e ao Ministério dos Transportes, a duplicação da BR 135, entre o Estreito dos Mosquitos e o Município de Bacabeira ( Bingo! encontramos o verdadeiro Pai biológico dessa criança!), entre outras demandas de duplicações de outros trechos necessários no Maranhão.
Voltando ao fatídico (11), é necessário ressaltar aqui como tudo aconteceu nos detalhes sórdidos, que animou os ânimos das autoridades presentes.
O evento começa tranquilo com o discurso suave do Prefeito de Santa Rita Hilton Gonçalo, que falou ao lado da Prefeita de Bacabeira Fernanda Gonçalo ( sua esposa), tudo lindo, céu azul com nuvens brancas.
Em seguida, o deputado Federal Hildo Rocha( MDB) em seu discurso, exalta as rodovias federais em detrimento das estaduais. Foi o estopim para a torcida organizada do primeiro e segundo escalão do governo Dino, vaiar e gritar palavras como Pinóquio e discurso vazio. reveja aqui.
Depois foi a vez do deputado Comunista Rubens Júnior ( que subiu á tribuna) e fez um discurso conciliador e muito bem elaborado, para acalmar os ânimos da torcida, esbravecida com Hildo Rocha.
Depois o Ministro do Meio Ambiente Sarney Filho ( Zequinha para os maranhenses) sobe à tribuna e, na condição de deputado federal, transforma o palanque em programa político. Falou bastante sobre emenda impositiva e sobre a atuação dos colegas na Câmara Federal. Ele disse:
“ Aproveito essa oportunidade Governador Flávio Dino, vossa excelência que já foi deputado federal e que tem uma carreira democrática, política, para junto com os deputados estaduais aqui presentes, levantar essa questão que acho, que vossa excelência vai encerrar o seu governo promovendo este ganho democrático, que é fazer com que a Assembleia Legislativa possa fazer essas emendas impositivas.”
Errou Zequinha, que estava ali na condição de Ministro e não de deputado federal (PV), mesmo tendo disparados elogios à Dino, foi uma cutucado no ego do governador, que aguardou o momento certo para dar o troco. Reveja o discurso aqui.
Chegou o momento ápice da inuguração-barraco, com governador Dino muito chateado por não ter sido escalado para ser o último a falar, tomou o microfone e na condição de protagonista e não de convidado como deveria, pois-se a dar o troco em Hildo e Sarney Filho. Disse ele:
“Nossos precismos romper os ciclos administrativos ( em clara referência ao domínio Sarney de 50 anos no Maranhão) e nós rompemos aqui o ciclo da falta de estrada, rompemos aqui o ciclo da falta de políticas sociais, da falta de escolas e … ( nesse momento então o Senador João Aberto Souza (MDB) grita: Mentiroso, Mentiroso, vagabundo, vagabundo,…) Dino continua, da falta de educação, que é uma coia também importante.”
Nesse momento, é nítida a inquietação do Ministro Sarney Filho, que conteve os ânimos do aliado de sempre, o Senador João Alberto, coberto pelo silêncio e estupefação dos Ministros dos transportes Maurício Quintella e da Secretaria Geral da Presidência Moreira Franco. reveja aqui.
Como se não bastasse a troca de farpas do governador e senador, Flávio Dino, para que se defender, chamou a tropa de aliados para foto e… pasmem! chamou o deputado Hildo Rocha(MDB), dizendo: “ Como sou educado,Hildo (Rocha), venha se quiser vir. Como assim???? Chamou a bancada federal, deveria posar para fotos todos os deputados federais que ali estavam e não se quiser vir.
Pois Bem, Duas coisas importantes não podem ser esquecidas nesse lamentável episódio, todos estavam ali como convidados e a inauguração era de uma rodovia federal, cujos protagonistas, deveriam ser os Ministros Maurício Quintella e Moreira Franco.
Flávio Dino (que sofre ultimamente de “Síndrome de Ciro Gomes”) e João Alberto, “roubaram”, no pior sentido da palavra à cena. Nem Ministros, nem Senadores, nem deputados, ninguém lembrou das vitimas fatais dessa importante rodovia e nem de suas famílias.
O governador por ser a autoridade máxima do estado, deveria sim ter dado uma resposta, mais uma resposta à altura, algo como “ Me respeite Senador, isso é um dever e não favor, somos autoridades e devemos dar o exemplo”. Pronto, era o suficiente para ele “Mitar” nas redes sociais. Mas, tentando ser inteligente, entrou no jogo que ele mesmo provocou e desceu ao nível do Senador, que gritou intempestivamente insultos ao governador, promovendo uma ironia.
Já o Senador João Alberto, deveria ter usado a paciência de chinês, que o tinha, quando dizia para o ex-governador do Maranhão Epitácio Afonso : “Deixa eu governar o Maranhão Cafeteira”. Mas para quem é 90% honesto, 10% são o suficiente pra descer o barraco e esquecer do decoro, como o fez nesse dia.
Para o Blog, sinceramente não houveram vencedores ou perdedores nesta bendita discussão nessa inauguração da duplicação da BR 135. Infelizmente esse dia que ficará marcado como o dia que o governador quis romper com muita coisa e acabou rompendo com o decoro do Senador, que foi provocado.
Portanto, entre farpas e a BR 135, esqueceram os mortos e só restaram os feridos. Esse é o tom do que virá pela frente na mais acirrada disputa eleitoral que o Maranhão verá nessa vida.
Será o fim de vez da oligarquia Sarney ou o derradeiro da Dinostia Comunista?
Quem ganhou com a duplicação foi o povo do Maranhão e quem perdeu foram todos aqueles que quiseram transformar esta importante inauguração em filhos de suas criações políticas mirabolantes.
Para o Papai Pedro Fernandes, que essa sua criança , venha a este mundo e seja bem vinda para trazer PAZ, Progresso e Vida para todos que nela transitar. E para os padrastos uma máxima: “Parem de tentar gozar com o pênis do outros.“
Neste caso especifico, Pai só existe um e ele já foi descoberto. E quem criará essa criança serão os irmãos, que são senão o povo do Maranhão.
PS: E se o Senador Roberto Rocha (PSDB), que deveria estar mas não compareceu por motivo de viagem estivesse ao lado de João Alberto, será que nobre governador Dino iria cutuca-lo com mesma vara curta? E qual seria a sua reação?
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