Entre avestruzes, emas e galinhas, Bolsonaro chegou à inelegibilidade

O Efeito Avestruz não é prática apenas de alguns membros do Judiciário, a mídia hegemônica é campeã nessa modalidade

Jair Bolsonaro e Tribunal Superior Eleitoral
Jair Bolsonaro e Tribunal Superior Eleitoral (Foto: Alan Santos/PR | Roberto Jayme/Ascom/TSE)


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Entre loas a eles mesmos e recíprocas adulações, os comentaristas políticos da televisão repercutem o resultado do TSE que condenou Bolsonaro à inelegibilidade. 

Com ares de escudeiros da Democracia, explicam os abusos do ex-presidente como efeito da falta de vigilância: "foi o presidente menos vigiado". Menos vigiado por quem? Certamente por essa mesma mídia corporativa, que fez vista grossa, deixou rolar pra ver como é que fica. Eles também responsabilizam a avestruz pelo descompasso: "todos se comportaram como avestruz, enfiando a cabeça debaixo da terra". O Efeito Avestruz, porém, não é prática apenas de alguns membros do Judiciário, a mídia hegemônica é campeã nessa modalidade. 

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Chegamos onde chegamos, sofremos o que sofremos, os brasileiros foram sacrificados como foram, 700 mil morreram graças ao silêncio, à conivência, a complacência e a omissão de muitos. Estes, porém, não foram nem serão penalizados, pois vem de longe seu hábito de, em nome de conveniências e privilégios, prejudicar o país. A ema do Planalto pode confirmar o que digo.

Outra emplumada, a Galinha dos Ovos de Ouro, a da fábula, aplica-se à perfeição à história da República brasileira. São levas e levas de salteadores, malfeitores, adesistas, dissimuladores, contribuindo para a progressiva dilapidação do país e a perpetuação de nossos problemas. 

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Como se cumpríssemos a maldição de estar fadados ao eterno atraso, a de tempos em tempos fazer e desfazer o tecido do desenvolvimento do país. 

Aí, não se trata de fábula. É mitologia grega, em que Penélope tece um pano na claridade do dia e, à noite, sem ser vista, o desmancha. 

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Assim fazem os 'mui amigos' do Brasil: às vistas do povo e das câmeras, fingem tecer bondades para a Nação, enquanto cavilosamente estimulam a destruição do que a duras penas logramos tecer.

Apoiam privatizações contra o interesse público, blindam bilionários trambiqueiros e batem palmas para o Coringa do Banco Central, que insiste em juros de 13,75%. Ato contínuo, fazem ar compungido e lamentam a desdita dos 70 milhões de brasileiros que não conseguem pagar suas contas devido aos altos juros cobrados.

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É uma no cravo e outra na ferradura.

Hoje, a mídia esquizofrênica, aplaude o resultado no TSE, para também 'sextar' e levar crédito, colando sua imagem à desse momento de afirmação democrática.

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Vou ali vomitar, e já volto. 

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