Empresa carioca lança chocolate que usa cacau do sul da Bahia com Indicação Geográfica e de assentamento familiar
Segundo Roberto Maciel, o Maré é o primeiro chocolate fora da Bahia a usar este cacau
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Em 2016, começou a sair de uma pequena fábrica do bairro carioca de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, um chocolate artesanal, premium, que marcou presença no mercado: o Quetzal, criado por Emerson Gama.
O tempo passou e a parceria com o sócio Roberto Maciel acabou se desfazendo.
Mas a fábrica ficou com Roberto, que começou a trabalhar no projeto de uma nova marca, mantendo o processo artesanal e com a preocupação de produzir um chocolate de qualidade premium.
Nesta quarta-feira (19) chegou ao mercado um novo chocolate produzido no Rio de Janeiro. A base de sua composição é o cacau produzido no sul da Bahia, com certificação orgânica e Indicação Geográfica (IG), com o selo de Indicação de Procedência (IP).
Segundo Roberto, o Maré é o primeiro chocolate fora da Bahia a usar este cacau.
“Percebemos um salto de qualidade na matéria prima recebida”, diz ele. “E só compramos cacau proveniente da agricultura familiar”, complementa.
“Escolhemos trabalhar com cacau Cabruca, um sistema de cultivo dos pés de cacau no meio da mata Atlântica que preserva a natureza e contribui para um mundo melhor. O nosso objetivo é produzir muito mais do que um doce. É um alimento que te leva para mais próximo da origem, sabores e essência do cacau”, diz.
Todo cacau colhido e fermentado passa por uma análise antes de ser comercializado e recebe o selo com um Qrcode mostrando a sua qualidade.
“Pagamos um valor alto e justo por cada semente de cacau, porque sabemos que não é fácil o dia a dia da colheita”.
Assentamento Dois Riachões
Empreendimento da agricultura familiar, o Assentamento Dois Riachões, em Ibirapitanga (BA) foi o primeiro produtor de cacau a receber o selo de Indicação Geográfica, que garante a rastreabilidade do cacau certificado. Em seguida, o cacau de Tomé-Açu, no Pará, também foi certificado com a IG.
Além da IG, o Dois Riachões tem certificação nacional orgânica pela Rede Povos da Mata e internacional pela Ecocert. Também é certificado com o selo Slow Food, instituição que incentiva o consumo de alimentos saudáveis, sustentáveis e que preservam as tradições locais.
O assentamento Dois Riachões faz parte do CETA – Movimento Estadual de Trabalhadores Assentados, Acampados e Quilombolas.
Sabores
O Maré chega ao mercado com seis tipos de chocolates, apresentados em tabletes de 80 gramas.
O 65% cacau tem como diferencial a utilização do sal rosa do Himalaia e é adoçado com açúcar demerara. Já o 72% é adoçado com maçã. Há também uma edição especial do 72%, o Le Manjue, assinado pelo chef Renato Caleffi, do restaurante paulistano Le Manjue, “pioneiro no Brasil em gastronomia funcional e orgânica”. Também adoçado com maçã, leva sementes de cumaru, vindas da Amazônia. O 81% é adoçado com açúcar de coco. Finalmente, o 100% cacau não leva nenhum tipo de açúcar, só amêndoas de cacau e manteiga de cacau.
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