Em que número você vota?
"Leva vantagem o candidato que tem o mesmo número há muito tempo em relação àquele que muda de número a cada eleição", destaca Alex Solnik
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Todas as pesquisas, de todos os institutos, grandes ou pequenos, novos ou tradicionais, presenciais ou por telefone perguntam em quem o eleitor votaria.
Na pesquisa estimulada apresentam uma lista; na espontânea, não.
Mas a pergunta é sempre “em quem vota”.
Só que não é esse o ambiente no dia da eleição.
Frente à urna eletrônica, ao eleitor não é apresentada uma lista de nomes e sim um teclado numérico.
Ele tem que saber o número do seu candidato para depois conferir o nome e a foto.
Logo, a fim de obter um resultado semelhante ao obtido numa urna numérica, as pesquisas deveriam perguntar não “em quem vota”, mas “em que número vota”.
No caso das listas, deveria ser apresentada uma lista de números e não de nomes.
Leva vantagem o candidato que tem o mesmo número há muito tempo em relação àquele que muda de número a cada eleição.
Claro, o eleitor pode ir teclando números e verificando se correspondem ao seu candidato, mas há aqueles que ficam confusos na procura pelo seu escolhido e acabam anulando. Ou votando no candidato errado.
A maioria do eleitorado sabe, há 40 anos, que o número de Lula e do PT é o 13.
Mas quantos sabem o número do Bolsonaro neste ano? O número do Ciro? O número da Simone Tebet? O número da Soraya Tronicke?
O número 45, tão antigo quanto o 13, não estará na eleição presidencial desta vez.
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