Em defesa da Revolução Cubana

Mobilização permanente contra o imperialismo, para barrar o golpe e aprofundar a revolução!

Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, lidera manifestação contra o golpe em Cuba
Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, lidera manifestação contra o golpe em Cuba (Foto: Reprodução)


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Por Juca Simonard

Boa parte da esquerda brasileira brinca de “internacionalismo” com suas organizações internacionais de brinquedo, que em grande medida são artificiais. Quando chega a hora “H”, no entanto, no momento de colocar em prática o internacionalismo proletário, que tanto alegam exercer, esses grupos da esquerda brasileira se colocam como defensores da política do imperialismo norte-americano.

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Com frases esquerdistas, diversos grupos da esquerda brasileira defenderam, nesta semana, a operação golpista que ocorre em Cuba. A mesma situação foi percebida no Brasil quando essas organizações defenderam o golpe contra o governo Dilma Rousseff (PT), alegando os mais diversos motivos.

Para uma organização de esquerda séria, todavia, não deveria haver dúvida: é preciso se opor à política do imperialismo em qualquer situação, mesmo quando isso significa defender um governo direitista. Por exemplo, à época do golpe militar, apoiado pelo imperialismo, no Egito, o correto seria defender o governo da Irmandade Muçulmana contra os Estados Unidos. Da mesma forma, em 2014, seria preciso defender o governo conservador de Víktor Yanukóvytch contra o golpe nazista patrocinado por Obama e Biden.

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No caso de Cuba, porém, a situação é mais simples: por mais que haja alguma divergência com o governo, é preciso defender o Estado operário cubano contra o golpe patrocinado pelos EUA, que gastam milhões de dólares do seu orçamento anual para organizar atividades terroristas na ilha. Em outras palavras, é preciso defender a Revolução Cubana contra o golpe reacionário patrocinado pelo governo norte-americano.

Os setores de esquerda que atacam o governo de Cuba, por quaisquer que sejam os motivos, estão se aliando à política da direita para tornar novamente o país um quintal de exploração dos Estados Unidos e de outras forças menos dominantes do imperialismo mundial. É fazer coro com a campanha mentirosa - que, inclusive, falsifica fotos e vídeos sobre o que ocorre em Cuba - que está sendo divulgada pela imprensa capitalista e por entidades “democráticas” internacionais, como a ONU.

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Ainda mais para uma organização que se diz marxista, atacar o governo cubano é o completo oposto da doutrina revolucionária. Se queremos o avanço da Revolução Cubana, o certo é apoiar a mobilização popular contra o golpe imperialista, que se aproveita da situação crítica gerada pelo bloqueio econômico e a pandemia para desestabilizar o regime.

Neste sentido, a posição do presidente, Miguel Díaz-Canel, e do Partido Comunista Cubano, liderado por Raúl Castro, de sair às ruas contra o golpe é acertada, e permite, não só barrar o golpe, como também aprofundar as conquistas da Revolução Cubana, através da mobilização da classe operária.

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Desde que o povo saiu às ruas para defender o governo contra o golpe, as manifestações da direita golpista minguaram. A manifestação de sábado, 17 de julho, que mobilizou cerca de 100 mil pessoas em Havana, pode ter sido um golpe fatal. Mas não se pode subestimar o imperialismo, que se esforçará para derrubar o Estado operário. Ainda mais sob o controle do senhor da guerra Joe Biden.

Mobilização permanente contra o imperialismo, para barrar o golpe e aprofundar a revolução! Esse é o caminho.

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