Em áudio, Roberto Jefferson compara ministros do STF e políticos a hienas que atacam Bolsonaro

"Em áudio de Roberto Jefferson que circula nas redes bolsonaristas, o presidente nacional do PTB compara ministros do STF, governadores e outros políticos a hienas que ameaçam o 'leão' Bolsonaro na 'savana do Planalto'", escreve o colunista Jeferson Miola

Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro
Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Marcos Corrêa/PR)


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Em áudio de Roberto Jefferson que circula nas redes bolsonaristas, o presidente nacional do PTB compara ministros do STF, governadores e outros políticos a hienas que ameaçam o “leão” Bolsonaro na “savana do Planalto”.

Na mensagem, em que se dirige a um interlocutor de nome Onésio, Roberto Jefferson apela para uma linguagem messiânica, negacionista e anti-comunista, enaltece pastores evangélicos  e usa referências religiosas.

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No início do áudio, ele sustenta que a ministra Tereza Cristina, do DEM, não deverá sair do governo, e atribui o “golpe” contra Bolsonaro à elite paulista capitaneada por FHC.

A partir dos 7 minutos e 15 segundos do áudio, Roberto Jefferson passa a discorrer sobre a “épica” do leão resistindo ao ataque das hienas:

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“[…] O grupo do Bolsonaro é um grupo de leões. O Bolsonaro é um leão, por isso ele vem sozinho aí no Planalto como se fosse a savana brigando com esse bando de hienas … com esse bando de hienas.

É o Rodrigo Maio que é hiena. É esse … esse ministro careca lá do Supremo lá de São Paulo, que eu esqueci o nome dele agora; Alexandre Moraes, que é uma hiena.

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É o Marco Aurélio que é hiena; é esse Celso [de] Mello que é outra hiena. É o Alcolumbre que é hiena …

Ele tem combatido as hienas, mermão [meu irmão]. Agora a Janaína adere ao grupo de hienas lá em São Paulo. É o .. o Dória que é uma hiena; é o Witzel que é uma hiena. Foi esse Manetta [Mandetta] que era outra hiena.

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E ele tá sozinho, rapaz. No meio da savana do Planalto, enfrentando esta turma.

Só que esse grupo de gente que crê em deus, que tem a espada de deus, que tem a força de deus, olha o que eu tô falando, eu tô sentindo pelos contactos que eu tenho recebido, quem me liga é esta gente…. quem me liga é esse grupo

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Eu ontem falei num grupo de 750 policiais bombeiros, policiais militares, policiais penitenciários, policiais civis. 750, eu falei com eles numa live, e você precisava ver a energia que saía daqueles homens de graça, nunca é nada do Bolsonaro, quer o sucesso da família, quer a derrota dos comunistas, quer a derrota da China e quer o sucesso do Brasil.

Brasil acima de tudo, deus acima de todos.

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Onésio, o povo não se deu conta que a religião reagiu, que este globalismo vai acabar porque tá esbarrando nas famílias, e as famílias são a trincheira de Cristo, as famílias são a força de deus …. a família é… é … é o mastro que sustenta a pátria, é a coluna que sustenta a pátria.

[…]

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A família reúne em torno de si os homens da lei. Creia nisso, Onésio, porque eu tô percebendo”.

Não é a primeira vez que, em meio a uma grave crise, o bolsonarismo se vitimiza e alude à valentia da luta do “presidente-leão” contra hienas que o atacam por todos os lados.

Em outubro de 2019, Bolsonaro postou na conta do twitter um filmete em que se compara a um leão acossado por hienas que seriam representadas nas figuras do STF, da imprensa, OAB, CNBB, ONU, PT, PCdoB e o próprio partido que o elegeu, PSL.

Com a repercussão negativa e ante a ameaça de abertura de inquérito no Supremo, Bolsonaro então se desculpou: “Me desculpo publicamente ao STF, a quem porventura ficou ofendido. Foi uma injustiça, sim, corrigimos e vamos publicar uma matéria que leva para esse lado das desculpas. Erramos e haverá retratação”.

As palavras do líder nacional do PTB, que transaciona o apoio do Centrão na Câmara dos Deputados para salvar Bolsonaro do impeachment ou da autorização para julgamento no STF – em ambos os casos são necessários os votos de 342 parlamentares – não poderiam ter sido proferidas em pior momento.

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Para ouvir o áudio na íntegra – aqui.

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