Em 2026, o nome da extrema direita não será Bolsonaro
Mas a extrema direita não desaparecerá do país. O capitão não será mais seu mito. Aparecerá outro a ocupar seu espaço
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Ao longo de quase quatro anos de governo, Bolsonaro, além de trabalhar muito pouco ou quase nada (vide agenda presidencial), fez e falou muita bobagem.
Terceirizou a economia para Paulo Guedes, seu posto Ipiranga e demonstrou que nunca esteve preparado para governar.
Na terrível crise da pandemia da Covid-19 expôs seu lado mais sombrio e psicopata ao negar a existência do vírus, receitar medicamentos inócuos, sabotar a compra de vacinas e debochar de quem morria ou perdia seus entes queridos. Ele é o responsável por pelo menos 400 mil mortes.
Durante as enchentes que mataram e deixaram muita gente desabrigada e, Pernambuco, Paraná, São Paulo, Bahia e Rio de janeiro, preferiu se esbaldar de jet-ski.
Durante quase quatro anos viveu de fake news enquanto fazia campanha com dinheiro público.
Imaginou, doentiamente, que seu cercadinho era seu palco e que as motociatas representavam mais que os dados dos institutos de pesquisa. Nunca procurou ampliar sua base, preferindo sempre proferir asneiras e mentir.
Revelou-se capaz de praticar canibalismo e, num ato falho, acabou admitindo ter inclinações pedófilas.
Bolsonaro só perdeu a eleição por culpa dele mesmo, pois é tosco, burro, ignorante e despreparado.
Agora, ao perder as eleições para Lula, não vem a público reconhecer sua derrota, mantendo alguns inconformados às portas dos quartéis pedindo intervenção militar.
Sobre isso, devemos atentar que os aloprados não pedem anulação das eleições ou que o resultado contemple seu ídolo, Bolsonaro.
Esse é o sinal de que o presidente falhou em ser o líder da extrema direita no Brasil.
Valdemar da Costa Neto, o dono do PL, vai tentar manter a chama acesa, conferindo a Bolsonaro um cargo no partido para que ele lidere a oposição a Lula e se cacife para 2026.
Mas Bolsonaro não está à altura disso. Seu negócio é incendiar o país. O Costa Neto, pragmático que é, acabará por abandoná-lo.
O capitão não tem estatura para ser o grande líder da extrema direita. Se fosse, já deveria ter reconhecido a derrota e começado a preparar sua oposição.
Observem que ele só obteve esse grande número de votos graças ao antipetismo, pois seus seguidores-raiz não passam de 30% da população, seu cercadinho ampliado.
O atual presidente enfrentará inúmeros processos por seus crimes cometidos e certamente será inelegível para 2026.
Mas a extrema direita não desaparecerá do país. O capitão não será mais seu mito. Aparecerá outro a ocupar seu espaço.
O nome com que devemos nos preocupar é Tarcísio de Freitas, o governador eleito para o estado mais importante da federação.
Tarcísio é um Bolsonaro bem mais refinado. Apesar de ter mentido muito nos debates, não fala muita bobagem, é astuto e articulado, portanto, mais palatável àquela parcela antipetista da população.
Possivelmente, será ele que substituirá o capitão.
É preciso que nos preparemos a isso.
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