Em 2026, o nome da extrema direita não será Bolsonaro

Mas a extrema direita não desaparecerá do país. O capitão não será mais seu mito. Aparecerá outro a ocupar seu espaço

Presidente Jair Bolsonaro durante motociata em São Paulo na véspera do 1º turno das eleições 01/10/2022
Presidente Jair Bolsonaro durante motociata em São Paulo na véspera do 1º turno das eleições 01/10/2022 (Foto: REUTERS/Carla Carniel)


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Ao longo de quase quatro anos de governo, Bolsonaro, além de trabalhar muito pouco ou quase nada (vide agenda presidencial), fez e falou muita bobagem.

Terceirizou a economia para Paulo Guedes, seu posto Ipiranga e demonstrou que nunca esteve preparado para governar. 

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Na terrível crise da pandemia da Covid-19 expôs seu lado mais sombrio e psicopata ao negar a existência do vírus, receitar medicamentos inócuos, sabotar a compra de vacinas e debochar de quem morria ou perdia seus entes queridos. Ele é o responsável por pelo menos 400 mil mortes. 

Durante as enchentes que mataram e deixaram muita gente desabrigada e, Pernambuco, Paraná, São Paulo, Bahia e Rio de janeiro, preferiu se esbaldar de jet-ski.

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Durante quase quatro anos viveu de fake news enquanto fazia campanha com dinheiro público.

Imaginou, doentiamente, que seu cercadinho era seu palco e que as motociatas representavam mais que os dados dos institutos de pesquisa. Nunca procurou ampliar sua base, preferindo sempre proferir asneiras e mentir.

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Revelou-se capaz de praticar canibalismo e, num ato falho, acabou admitindo ter inclinações pedófilas.

Bolsonaro só perdeu a eleição por culpa dele mesmo, pois é tosco, burro, ignorante e despreparado.

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Agora, ao perder as eleições para Lula, não vem a público reconhecer sua derrota, mantendo alguns inconformados às portas dos quartéis pedindo intervenção militar.

Sobre isso, devemos atentar que os aloprados não pedem anulação das eleições ou que o resultado contemple seu ídolo, Bolsonaro.

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Esse é o sinal de que o presidente falhou em ser o líder da extrema direita no Brasil.

Valdemar da Costa Neto, o dono do PL, vai tentar manter a chama acesa, conferindo a Bolsonaro um cargo no partido para que ele lidere a oposição a Lula e se cacife para 2026.

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Mas Bolsonaro não está à altura disso. Seu negócio é incendiar o país. O Costa Neto, pragmático que é, acabará por abandoná-lo.

O capitão não tem estatura para ser o grande líder da extrema direita. Se fosse, já deveria ter reconhecido a derrota e começado a preparar sua oposição.

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Observem que ele só obteve esse grande número de votos graças ao antipetismo, pois seus seguidores-raiz não passam de 30% da população, seu cercadinho ampliado.

O atual presidente enfrentará inúmeros processos por seus crimes cometidos e certamente será inelegível para 2026.

Mas a extrema direita não desaparecerá do país. O capitão não será mais seu mito. Aparecerá outro a ocupar seu espaço.

O nome com que devemos nos preocupar é Tarcísio de Freitas, o governador eleito para o estado mais importante da federação.

Tarcísio é um Bolsonaro bem mais refinado. Apesar de ter mentido muito nos debates, não fala muita bobagem, é astuto e articulado, portanto, mais palatável àquela parcela antipetista da população.

Possivelmente, será ele que substituirá o capitão.

É preciso que nos preparemos a isso.

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