"Eletrobrasilidade", mais uma enganação da "Nova Eletrobras"

Quando a enganação envolve energia, desenvolvimento, bem estar social, tarifas justas, as consequências são outras. A apuração vira obrigação

(Foto: Divulgação)


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A Eletrobras criada em junho de 1962, sempre foi a responsável pelo planejamento do setor elétrico brasileiro. Quando me contrataram, em agosto de 1977, foi justamente para fazer o inventário da Bacia do Rio Uruguai e avaliar o seu potencial hidroelétrico. As usinas foram implantadas e estão operando. A história da Eletrobras é belíssima, você pode acompanhar onde quiser: nos livros, publicações e agora no Google, onde se descobre tudo.

Por curiosidade procure no Google o sentido da palavra "eletrobrasilidade", associada à "nova Eletrobras" e usada à exaustão em horário nobre da TV. Você não vai encontrar nada, já que a expressão não passa de uma enganação. A empresa que está demitindo engenheiros e contratando influenciadores, para convencer as pessoas do impossível: dar a entender a que a Eletrobras continua sendo sendo dos brasileiros e não de um grupo de acionistas.  

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Agora diante do desastre que é a privatização da Eletrobras a Advocacia Geral da União e o TCU, já estão apurando o que se passou. O próprio presidente Lula já externou seu compromisso de defender os interesses da União, que foram simplesmente desconsiderados por um acordo de acionistas. A falta de transparência no que fizeram é própria de quem está acostumado com esse jogo. Como se fosse um filme, com o mesmo roteiro e produtores, logo vem a lembrança o escândalo das Lojas Americanas. 

Só que quando a enganação envolve energia, desenvolvimento, bem estar social, tarifas justas, as consequências são outras.  A apuração vira obrigação. A nova Eletrobras foi criada por alguns, que buscam em tudo que fazem um rápido retorno dos seus investimentos. Depois de um tempo vendem e ganham milhões. (*)

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(*) Na Rede Linkedln a privatização da Eletrobras está repercutindo. Já são mais de 4 mil impressões. Os comentários desaprovam o que fizeram com a maior empresa de energia elétrica da América Latina. Se diz sustentável, mas sua gestão é moralmente insustentável.    

PS - A privatização da Eletrobras contou com a ajuda no Executivo de Temer e do capitão Jair.  No Legislativo do Centrão e do presidente da Câmara, Arthur Lira. No setor elétrico a cabeça pensante foi do próprio presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr. Que segundo o jornal Valor, ganhava 52 mil e agora em março passou seu salário para 300 mil, não é por ano - é por mês. 

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#deolhonofuturo uma empresa que se diz sustentável não vende seu maior Parque Eólico, Campos Neutrais, em Santa Vitória do Palmar. Segundo analistas um péssimo negócio. Considerado o maior da América Latina, lucrativo, foi entregue por menos de 20% do valor gasto na construção. 

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