Eleitor morto não vota
"Se Bolsonaro insiste em expor seus aliados e possíveis eleitores à morte, tanto pior para ele e para eles: está matando seus próprios eleitores. Agora, expor os possíveis eleitores de Lula à mesma situação é tão insano quanto", escreve Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Sou favorável a todo e qualquer abaixo-assinado pelo impeachment de Bolsonaro. Assino embaixo seja quem for o proponente: o MBL, Moro, Reinaldo Azevedo, Xuxa, General Mourão. E sejam quem forem os subscritores.
Por tudo que fez e faz, o presidente é, sem dúvida, indigno de ocupar a cadeira do líder máximo da nação. O impeachment é um ato de legítima defesa e absolutamente constitucional.
Também apoio qualquer protesto contra ele, sejam panelaços, e-mails, tuítes etc etc.
Mas sou contra, com a mesma veemência, qualquer manifestação de rua com o mesmo sentido. Seria fazer o mesmo que Bolsonaro está fazendo – aglomeração – com sinal invertido.
Com que cara poderei criticar suas aglomerações contra a democracia e elogiar as a favor se as consequências são as mesmas – um imenso risco de contaminação e, em consequência, mortes?
Protesto nas ruas só faz sentido se for massivo – não adianta meia dúzia de gatos pingados protestarem. E não há segurança sanitária em meio a uma multidão, mesmo com máscara e vacina.
Se Bolsonaro insiste em expor seus aliados e possíveis eleitores à morte, tanto pior para ele e para eles: está matando seus próprios eleitores.
Agora, expor os possíveis eleitores de Lula à mesma situação é tão insano quanto.
Tenho certeza que Lula quer seus eleitores – e todos os brasileiros – vivos. Hoje, em 2022 e sempre.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247