Eleições - soberania popular
Ao invés de termos propostas programáticas, obtivemos ataques pessoais e um cenário no qual, pela primeira vez, interveio a justiça eleitoral para fazer cessar esse estranhamento em busca do poder
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Magistrado é apartidário e não pode, ao contrário de outros países, expressar sua opinião nesse campo.
O Futuro do Brasil está em jogo e, em poucas horas, saberemos o desfecho de uma das mais aguerridas batalhas pelo poder, ninguém ganha, todos perdem, pois, ao invés de termos propostas programáticas, obtivemos ataques pessoais e um cenário no qual, pela primeira vez, interveio a justiça eleitoral para fazer cessar esse estranhamento em busca do poder, que até Maquiavel sentiria na própria pele a inconsciência de tantos, naquilo que se convencionou chamar da adolescência juvenil do continente latino-americano.
Não se cria ódio, não se alimenta a desigualdade, País rico é aquele que não aplaude ou joga para debaixo do tapete os elevados níveis de corrupção, que trata bem toda a sua população, com mais creches, escola, saúde, transportes públicos.
O Brasil está ainda bem longe dos níveis aceitáveis de País desenvolvido, isso é inegável, evoluímos bastante na última quadra no sentido de forjarmos uma economia com reservas cambiais e prepararmos o terreno para a infraestrutura e logística.
Entretanto, depois de mais 500 anos do nosso descobrimento, as ferrovias sequer existem, os portos são de pequeno calado, a maioria das estradas federais está sucateada, hospitais não prestam bons serviços à população e a grita geral é o poder pelo poder, todos o querem e o desejam como nunca.
Essa luta irracional não se explica à luz dos dados concretos e da alternância do poder, o desaparecimento fatídico de um candidato mudou radicalmente todo o cenário e se colocam em confronto as fronteiras do Brasil.
Ao legislativo e também ao executivo, a ambos comporta um papel mais efetivo na democracia, a fim de que não se lance tudo sobre ombros do judiciário e se perfaçam mais de 90 milhões de processos em tramitação, cuja grande maioria é constituída de execuções fiscais de valores mínimos e irrisórios.
As grandes Nações somente marcharam adiante quando revelaram solidariedade e união fraternal, mesmo durante a guerra, o tempo presente se reveste de grandes feridas, numa campanha eleitoral sem precedentes, marcada pelos ataques e contra-ataques, com a participação da mídia e o questionamento sobre a validade das pesquisas, encerradas em dados de amostragem abrangendo universo muito reduzido.
Reformas são urgentes, contamos com 32 partidos, mas uma política que nos envergonha no cenário internacional, somos manchetes apenas de fatos tristes e deletérios, e isso não é de hoje.
Ao candidato que melhor se propuser aos ideais da sociedade, o que tem a fazer é dar ao País um sentimento de irmandade e solidariedade, sem separatismo ou perfis de um apoiamento do Estado, para manter a sobrevivência, somos capazes de muito mais.
E se conseguirmos atingir metas e propulsão de crescimento com menos injustiças sociais, partiremos para as reformas tributárias, política, previdenciária, e projetaremos uma nova federação, na qual Estados e Municípios tem autonomia real e se respeite mais e melhor a cidadania, que não pode ser apenas o voto obrigatório, muito pouco para quem pretende ter voz e vez nas políticas públicas de inclusão e sustentabilidade.
O povo desunido jamais sairá vencido. Que fique e sirva a mensagem de reflexão.
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