Eleições diretas já, mesmo com o boicote da grande imprensa

2017 será o ano das grandes mobilizações da população para a retirada do golpista Michel Temer e a camarilha que tomou de assalto o poder no Brasil

Romero Jucá, Michel Temer e Renan Calheiros
Romero Jucá, Michel Temer e Renan Calheiros (Foto: Chico Vigilante)


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Se fôssemos qualificar o ano de 2016 pelo que representou para a política brasileira, deveríamos  chamá-lo de  “ o ano da hipocrisia “.

A grande imprensa vendeu o golpe como a grande luta contra a corrupção mas a intenção clara é manter a maioria dos corruptos impune, escolhendo um ou outro para aplacar a ira das multidões enfurecidas com a crise econômica e, principalmente, jogar a culpa de tudo nos governos petistas.

A luta da Operação Lava Jato foi diária e árdua na tentativa de incriminar Dilma e Lula. Em 2016 não conseguiram provas para colocar nenhum dos dois na cadeia, como gostariam.

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Corruptos no Congresso, há décadas envolvidos em esquemas de propinas e caixa dois com grandes empreiteiras do país, tentam passar a ideia de que o golpe contra Dilma Rousseff era a solução para tirar o Brasil do buraco.

A tese consagrada e em evolução pelos  colunistas da grande imprensa, defensores da volta dos tucanos ao poder, é de que: o impeachment não foi golpe;  Temer é o que temos no momento e com ele a economia vai melhorar; Temer deve cair assim que conseguir aprovar a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência.

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Obviamente não confessado pelos marionetes, o final feliz do roteiro do golpe é a volta do PDSD ao poder, livre da imagem negativa da crise acentuada no governo Temer. De qualquer maneira, para os trabalhadores Temer ou um tucano qualquer não faz a mínima diferença, são todos a favor do grande capital e contra os interesses dos trabalhadores.

Colunistas como Eliane Catanhêde, Miriam Leitão, Merval Pereira e outros devem estar tendo dificuldade em fazer seu balanço anual baseado nas previsões que fizeram ao longo deste ano.

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Catanhêde disse em abril de 2016 após uma conversa com Temer que ele estava seguro e sereno, pronto para tirar o país do buraco e que por ter mais gás que Dilma, teria chances de conseguir.

Errou. Até agora a economia só piorou.

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Na coluna “O pior pelo retrovisor “ de O Globo, em julho deste ano, Miriam Leitão fez previsões otimistas sobre a economia brasileira baseada na alta das bolsas de valores e concluía que o resultado reflete a percepção de algumas melhoras... e que a recessão está perdendo força ...

Errou, infelizmente.

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As contas do governo Temer tiveram um déficit de R$ 38,4 bilhões em novembro, o pior resultado para o mês desde 1997. No mesmo mês do ano passado, sob o governo Dilma, o saldo negativo foi de R$ 21,2 bilhões e  Banco Central previu uma recessão de 3%.

Cansei de ver colunistas globais, do Estadão, da Folha, da Veja dizerem durante 2016 que a situação do país seria muito pior sem Temer, ou seja, com Dilma, a presidenta eleita.

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Erraram de novo. Recentemente uma pesquisa de opinião  Datafolha aponta que 58% das pessoas consideram a situação com Michel Temer pior do que com Dilma.

Quando Lula publicou uma cartilha criticando os procedimentos tendenciosos da Operação Lava Jato, o colunista Reinaldo Azevedo tirou da cartola uma criativa conclusão  em sua coluna na Folha, em agosto: o PT vai optar por uma “revolta armada”.

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Ele e outros tentavam de todas as maneiras justificar a escalada da repressão do governo Temer contra os movimentos sociais e a população em geral em manifestações  de ruas contra o governo golpista e sua política de entrega do patrimônio nacional a multinacionais e contra o fim dos direitos trabalhistas, previdenciários e congelamento dos investimentos por 20 anos.

Recentemente, a grande imprensa passou a tratar as  propostas de novas eleições  por vários setores como  fórmula engenhosa; como proposta impraticável; como problema complicado.

A grande imprensa no Brasil prega que o Congresso  e o Executivo  devem ouvir a voz das ruas quando assim lhes interessa, mas os grupos de comunicação deste país não ouvem eles próprios a voz das ruas.

Segundo absolutamente  todos os institutos de pesquisas, atualmente  a maioria da população apoia eleições diretas para a presidência da República.

2016 foi, portanto, o ano da hipocrisia, da traição da Constituição e da escalada da crise política e econômica. O próximo ano deve ser o da busca imediata e urgente de soluções ditadas não mais por instituições podres mas pelo povo organizado e  em resistência contra o roteiro do golpe.

2017 será o ano das grandes mobilizações da população para a retirada do golpista Michel Temer e a camarilha que tomou de assalto o poder no Brasil. 

 

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