Eleição no Congresso deve esperar abertura das delações da Odebrecht
"A eleição para as presidências e mesas das casas legislativas de parlamentares denunciados nas delações, além de profundamente vergonhoso e desmoralizante para o país, será fonte de grave instabilidade política. A Câmara e o Senado não podem, por isso, realizar as eleições internas até que o conteúdo das delações seja revelado, e que seja conhecida a situação de cada um dos candidatos às presidências e mesas do Congresso. Os deputados e senadores devem agir com sensatez política e responsabilidade pública, e suspender as eleições internas enquanto perdurar o sigilo dos depoimentos da Odebrecht", defende o colunista Jeferson Miola; favoritos para a Câmara e o Senado são Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), ambos delatados
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A homologação dos acordos de delação dos funcionários da Odebrecht pela Presidente do STF é um passo importante para a continuidade da Lava Jato, porém insuficiente para a estabilidade do país.
Para que esse que é um dos capítulos mais aguardados da Lava Jato tenha conseqüência efetiva, é necessário que o procurador-geral, Rodrigo Janot, solicite urgentemente – e que o STF autorize também urgentemente – o fim do sigilo de cada uma das 77 delações.
A linha sucessória da presidência da república será definida no próximo dia 2 de fevereiro, quando ocorrem as eleições para os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.
A eleição para as presidências e mesas das casas legislativas de parlamentares denunciados nas delações, além de profundamente vergonhoso e desmoralizante para o país, será fonte de grave instabilidade política.
A Câmara e o Senado não podem, por isso, realizar as eleições internas até que o conteúdo das delações seja revelado, e que seja conhecida a situação de cada um dos candidatos às presidências e mesas do Congresso. Os deputados e senadores devem agir com sensatez política e responsabilidade pública, e suspender as eleições internas enquanto perdurar o sigilo dos depoimentos da Odebrecht.
É insustentável a ideia de um país comandado desde o Planalto, a Esplanada dos Ministérios e o Legislativo por personagens implicados em corrupção. Se isso ocorrer, o Brasil será reconhecido mundialmente como uma verdadeira cleptocracia sob a vigência de um regime de exceção.
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