Eleição majoritária é comunicação; mas tem o acaso
Especialmente na eleição majoritária para presidente o acaso, o imponderável e o inesperado agiram. Não, ainda, em Alagoas para senador e governador
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A presidente Dilma Rousseff, apesar de todos os ataques sofridos da grande imprensa, perdeu poucos pontos. Agora volta a crescer e a melhorar índices negativos como rejeição. Isso se deve ao fator comunicação.
Quando o acaso trouxe pra cena política Marina Silva como candidata em substituição por causa da trágica morte de Eduardo Campos, o acaso agiu. A emoção fez Marina ter um crescimento eleitoral acima do previsível.
Entretanto, eis que pós acaso entra em campo a comunicação, o marketing eleitoral. Despreparada, a candidata do PSB logo correu pra apresentar o seu plano de governo. Desnudado, mostrou que ele era cópia de propostas do PSDB e até de pesquisador da USP.
Dilma e Aécio mostraram essas contradições, especialmente a presidente. Foram literalmente na canela dela. Além disso, mostraram que a nova política proposta entrava em contradição com relação à política energética, autonomia do BC e relação com banqueiros. O balão Marina começou perder ar.
Em Alagoas também há exemplos. A comunicação do senador Fernando Collor é eficiente ao mostrar ações realizadas e propostas futuras. Deixa o candidato leve num programa que agrada. A do principal concorrente, Heloísa Helena, apesar do tempo diminuto, é ineficiente, ineficaz, não comunica. Aliás, em termos eleitorais inexiste, é pra lá de amador.
Na disputa para o governo Renan Filho e Biu de Lira estão arengando. Naturalmente o que está atrás parte para o confronto. Assim o senador tenta desqualificar o opositor politicamente e na vida pessoal. Ambos são candidatos com um flanco aberto para o ataque por causa dos parentes, pai e filho, com processos por causa de questões particulares e políticas.
Um filho não pode ser responsabilizado pelas ações do pai. Mas o pai pode ser responsabilizado pelas do filho. Melhor seria o senador pepista apresentar, verdadeiramente, suas realizações no comando de secretarias do governador Vilela.
Portanto, especialmente na eleição majoritária para presidente o acaso, o imponderável e o inesperado agiram. Não, ainda, em Alagoas para senador e governador. E como nenhum político pode guardar, controlar o surpreendente em uma gaveta, é improvável que o quadro atual seja modificado.
Mas comunicação sempre é decisiva.
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