Eleição: a derrocada da esquerda radical em Alagoas

Embora se apequene cada vez mais em Alagoas, o PSOL pode ser salvo pela liderança de Luciana Genro, que disputou a Presidência. De qualquer forma, o partido precisa se renovar por estas bandas



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Do ponto de vista político, da formação de alianças e do tempo de propaganda gratuita os senadores Collor e Renan usaram toda a maturidade que conquistaram nas suas décadas de vida pública. Análise do quadro e paciência na superação de barreiras para construção de uma grande coligação.

Tudo exatamente ao contrário da esquerda radical formada por Heloisa Helena e Mário Agra, respectivamente candidatos ao Senado e ao governo de Alagoas. A impressão que se tem, especificamente no caso de HH, é que não se renovou, não fez alianças – e quando as fez foram erradas, com usineiros que mais lhe tiraram votos. E não mudou nada com relação ao discurso que fez dela uma novidade na política alagoana e brasileira. Enfim, uma série de "nãos" que a fizeram murchar politicamente.

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Some-se a isso o papel desastrado de aliados, especialmente do irmão, Hélio Moraes, candidato a deputado estadual. Ele que tem (teve?) vinculações com o PSDB – em Palmeira dos Índios apoiou a eleição do atual prefeito tucano James Ribeiro – usava o Face apenas para atacar e agredir violentamente os adversários e quem divergisse de suas ideias, ou que apenas tivesse uma opinião neutra.

Apesar de ser candidato, somente pedia votos para irmã e muito pouco pra sua própria eleição. Não percebeu que o eleitorado está mudado, renovado e que não suporta demonstração de mau humor, tampouco dos donos da verdade absoluta.

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Partiu de Hélio Moraes o mais desagradável fato registrado ao vivo nestas eleições: a tentativa de agressão a um candidato ao Senado durante um debate na TV Pajuçara seguida de sua expulsão do ambiente. Moraes foi um dos pontos essenciais para a derrocada da irmã. Nem um inimigo de fato faria melhor. Aliás, lembra os velhos coronéis, por isso foi o pior cabo eleitoral destas eleições. Teve apenas 764 votos.

Mas é possível ir além nessa análise específica do PSOL. Ricardo Barbosa foi candidato a governador em 2006 e obteve 3,94% dos votos. Mário Agra foi candidato a prefeito de Maceió em 2008 e a governador em 2010. Ficou, respectivamente, com 1% e 1,37%. Em 2012 o candidato a prefeito do partido da capital, Alexandre Fleming, foi o mais bem votado até agora, obtendo 5,13 dos votos.

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Agora, nesta última eleição, Agra volta a ser candidato. Cresce, mas fica com apenas 4,72%. É certo que o voto de protesto, de rejeição do eleitor que não queria os principais nomes foi depositado no PSOL, principalmente. Mas é pouco, muito pouco. Culpa de uma campanha com os mesmos nomes, sem propostas, campanha folclórica, sem utilização inteligente de ferramentas como o Face, twitter, enfim.

Contudo, não é o fim do partido, embora se apequene cada vez mais em Alagoas, pode ser salvo pela liderança de Luciana Genro, que disputou a Presidência. Seus posicionamentos foram inteligentes, sem ódio nem baixaria.

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De qualquer forma, o PSOL precisa se renovar por estas bandas não só no discurso, mas também com novas lideranças.

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