Efeitos do Impeachment: o comando da Geopolítica pelos EUA e o começo das restrições ao Norte e Nordeste

Depois do Paraguai e Honduras, o Grande Capital conseguiu voltar ao poder no Brasil sem uma bala sequer, apenas com o uso bem usado da compra de votos de muitos que dizem combater a corrupção, mas usufruem dela



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Embora muitos apressados restrinjam a análise de conjuntura no Brasil pela ótica superficial do impeachment como solução para a crise política, já é chegada a hora de acentuar cada vez mais a leitura de que, enfim, o Capital internacional com apoio sutil dos Estados Unidos conseguiu tirar do Brasil o comando na América do Sul nos entendimentos que mantinha com China, Rússia, India, etc. passando agora ao curso de antes, onde a diplomacia e o governo brasileiro prestavam contas aos Estados Unidos.

Mas, em que pese a importância maior das políticas em torno da Geopolitica internacional no Continente sul-americano, adicione-se neste contexto a nova linha de atuação do Governo Federal na relação com os governos do Norte e Nordeste, posto que, como foi anunciado pelo Ministério do Planejamento, não ratificando a renegociação das dívidas dos 9 estados. Está tudo na pendência.

O INTERESSE MAIOR

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A inserção do senador José Serra como chanceler e comandante das políticas internacionais do Brasil, a partir do Itamaraty, é um elemento primordial da consolidação de nova postura de relacionamento do País na América do Sul a serviço dos EUA, tanto que ele comandou o rompimento e implosão do Mercosul ao não ratificar a presidência de Maduro (Venezuela) no comando da instituição.

Todos os países de cunho ideológico à esquerda sofrem investida e financiamento externo para retomada da linha Neo-Liberal comandada pelo Capital internacional e os Estados Unidos.

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O COMEÇO

Na prática, todo o acordo construído desde a eleição de 2014 quando o então candidato Aécio Neves não aceitou o resultado e construiu com o PSDB e o então vice-presidente Michel Temer todo o projeto para destituir a presidenta Dilma Rousseff consolidou-se no final de agosto como novo contexto internacional.

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Aliás, foi o PSDB quem primeiro aderiu ao Acordão internacional para enfrentar e tentar varrer do mapa partidos como o PT – Partido dos Trabalhadores -, fortemente afetado em sua imagem, mas longe da extinção como foi tramado e ainda está em curso na Justiça Federal de Curitiba por intermédio do Juiz Sérgio Moro.

Ao contrário, toda a conjuntura posta não conseguiu tirar o ex-presidente Lula da liderança nacional e acabou legitimando Dilma Rousseff como principal líder contra seu ex-vice Michel Temer como nunca conseguira se impor, exceto quando foi ao Senado encarar todos os 81 senadores e se sair com aprovação popular em condição que mais parecia naquele momento estar assumindo politicamente de fato a condução de Presidente da República.

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O CASO NORDESTE

Na região em que 5 dos 9 governadores têm vinculo com partidos ou governos progressistas, certamente que as politicas do Governo Central será de mais restrições, como não se esperava, diante de encaminhamentos de não ratificação in totum da renegociação das dividas desses estados.

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Em se mantendo essa linha política, muitos enfrentamentos haverão de se registrar de agora em diante por conta das medidas anunciadas, por exemplo, de tirar dos Governos o comando direto das politicas nos casos da estiagem prolongada passando toda a estrutura para o PMDB.

SÍNTESE

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Depois do Paraguai e Honduras, o Grande Capital conseguiu voltar ao poder no Brasil sem uma bala sequer, apenas com o uso bem usado da compra de votos de muitos que dizem combater a corrupção, mas usufruem dela.

Só que o enfrentamento vai se estender por muitos anos, talvez até com sangue, sobretudo quando as camadas sociais descobrirem que apoiaram o golpe contra elas mesmo.

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