Educação de crianças e reflexos na suposta fé
Há também que se considerar que a educação contra a barbárie não se limita às escolas particulares
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Concomitante à COP27 veio a notícia de que somos 8 bilhões de indíviduos habitando o mesmo e único planeta. Conseguimos viver e sobreviver mais, mas de forma muito desigual: a soma das conquistas individuais não chega a um resultado social coletivo favorável. Que essa marca não seja nossa “bola 8”, isto é, a possibilidade de extinção como espécie.
O olhar para o Brasil mudou e está mais favorável com a eleição de Lula, mas não significa que eliminaremos nossas mazelas no curto prazo. As questões de atendimento à criança, em especial sua educação, revelam facetas de uma preocupante inversão de valores. Faço tais reflexões correlacionando-as com comportamentos dos governantes e opiniões públicas e publicadas.
As manifestações pedófilas do despresidente não foram apenas doentias e criminosas. Elas se configuraram como método de poder e de intimidação dos mais vulneráveis, sejam eles crianças, mulheres, pobres ou periféricos. Junto ao que a inominável ex-ministra e senadora eleita pelo DF fala e faz dá para ter uma ideia do quão mais sombrios seriam nossos dias, caso ocorresse a reeleição. No mais, é importante que o Conselho Tutelar fique atento ao que pode estar acontecendo dentro de casa com a caçula adolescente filha do despresidente.
Tal posição é umbilicalmente ligada às questões fé, bem o sabemos, ou, na verdade, ao poder que emana da cooptação religiosa de fiéis. A já explosiva mescla de fé com política possui ares mais tenebrosos, dado que foi a proximidade do segundo turno com o dia das bruxas (dedicado ao Saci no estado de SP, por meio de lei!). Sem o p de poder, presidencial seria residencial, único local admissível para a discussão religiosa, uma vez que estritamente de foro íntimo. No mais, ver católicos ofendendo padres, e evangélicos não frequentando seus cultos devido à coação para o voto bolsonarento, faz um ateu como eu começar a acreditar que o demônio realmente habita falsos messias.
Em especial chamou a atenção a manifestação de ódio partindo de algumas crianças, filhas que são de pais da extrema direita, dando o exemplo em casa. Creio que não há solução para esses casos, pois a História não é estudada pela direita retrógrada. Essas crianças apenas refletem seus pais. Denunciar seu nazifascismo é irrelevante, pois, seguindo o mito que mente, apregoaram, quatro anos atrás, que tal movimento da extrema-direita (o nazismo) era “de esquerda”, e a esquerda é seu inimigo imaginário maior!
Há também que se considerar que a educação contra a barbárie não se limita às escolas particulares. São inúmeros os relatos de adolescentes de escolas públicas que foram impedidos de votar nas eleições passadas porque declararam voto em Lula. Isso porque seus pais e responsáveis são partidários do atual despresidente, escolha determinada, na maioria das vezes, por imposição dos grupos religiosos a que pertencem.
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