Eduardo Cunha e a estratégia para 2018

Ninguém faz política sem viabilizar favores e condições de que aliados disputem campanhas

Ninguém faz política sem viabilizar favores e condições de que aliados disputem campanhas
Ninguém faz política sem viabilizar favores e condições de que aliados disputem campanhas (Foto: Voney Malta)


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Vivemos tempos diferentes. Vivemos uma época em que a versão é mais importante do que a realidade e as redes sociais facilitam a disseminação desse perigoso vírus. Estamos de volta ao período de intolerância, tudo tem que ser politicamente correto, certo?
Em parte, pois depende da versão. Ninguém duvida que os recursos para campanhas eleitorais doados por empresas servem como troca por serviços contratados, obras que irão acontecer, e pra não haver qualquer dificuldade no pagamento desses serviços, especialmente atraso. Basta ver a prestação de contas no TSE. Lá estão as empresas.

Mas o dinheiro doado está protegido pela legalidade. Os "negócios" combinados e não registrados é que é outra coisa, é a verdade sobre o modelo político brasileiro. Mas o que vale é a versão. E a versão é que o dinheiro foi doado legalmente. E este é o fato, a verdade pública.

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Ninguém faz política sem viabilizar favores e condições para que aliados disputem campanhas. Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, diz que está sendo perseguido pelo procurador-geral Rodrigo Janot. Esta é a versão do suspeito de receber propinas de empresas citadas na Lava Jato.  Em outra frente Cunha trabalha para mudar a constituição para que possa se reeleger presidente em 2017. Caso haja alteração, a mudança também beneficiaria o presidente do Senado, Renan Calheiros.

Ora, recentemente ele trabalhou e conseguiu aprovar a PEC da Bengala para impedir que o governo petista indicasse – e os senadores aprovassem - uma série de ministros do STF até o fim do atual mandato. Também quer manter o financiamento privado nas campanhas eleitorais.

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E mais, para mudar a Constituição e se reeleger terá que beneficiar centenas de deputados com favores, cargos e condições de disputarem reeleições. Mais do que isso, a estratégia do PMDB de se manter no comando das duas Casas é por poder e oportunidade.

Com o PT sendo responsabilizado e criminalizado por todos os casos de corrupção, fica difícil prever como o partido hegemônico estará na disputa pela eleição presidencial de 2018, inclusive o ex-presidente Lula. E os peemedebistas sabem que a oportunidade futura é imensa para ocupar o poder central. Sonham com isso.

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Imagine como é estratégico chegar ao ano da eleição no comando da Câmara e do Senado. Se tudo der errado, se não conseguirem emplacar um nome para presidente, os caciques da sigla estarão fortíssimos para escolher o melhor lado para permanecer no poder.

Algo que o PMDB tem demonstrado ser o mais capaz nas últimas décadas.

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