Editorial do Estadão que compara Lula a Bolsonaro é típico de veículo que trata leitores como imbecis
"Comparar a política de Bolsonaro à de Lula no enfrentamento da pobreza é desonestidade intelectual", escreve o jornalista Joaquim de Carvalho
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Porta-voz de 1% da sociedade brasileira que é dona de 50% da riqueza nacional, o Estadão volta a expressar a estrutura argumentativa de 2018 que ajudou a eleger Jair Bolsonaro, que foi comparar este a Fernando Haddad, no editorial "Uma escolha muito difícil".
Desta vez, compara Lula a Bolsonaro na política de enfrentamento da pobreza. Um disparate. Só um exemplo: nos governos Lula e Dilma, o aumento real do salário mínimo foi de 59%. No governo Bolsonaro, o aumento real foi de 0 (zero) %".
É claro: não houve aumento sob Bolsonaro, mas a frase que uso é para reforçar a gritante diferença entre os dois modelos de gestão. O salário mínimo atual não é suficiente para comprar duas cestas básicas.
Quem acredita no Estadão é um tipo de gado. Muitas vezes, tem diploma de curso superior, mas vive no pasto da deficiência cognitiva e, portanto, na incapacidade de notar o que se passa à sua volta.
A velha imprensa, assim como foi a Lava jato, é inimiga do Brasil.
No século XXI, o logo do jornal pode ser interpretado de uma forma diferente de sua mensagem original, do final do século XIX, quando o veículo surgiu como porta-voz dos grandes cafeicultores. Mostra um entregador de exemplares, com um berrante para avisar aos potenciais leitores.
No logo original, tinha um cachorrinho que latia para o cavalo. Numa reforma gráfica mais ou menos recente, o cão desapareceu, mas segue o cavaleiro.
Numa leitura mais adequada a seus propósitos editorias, não se poderia mais falar em entregador, mas em um vaqueiro chamando o gado antipetista.
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