É sempre bom lembrar
"É absolutamente fundamental concentrarmos todos os nossos esforços também na eleição para o Congresso", lembra Eric Nepomuceno
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Por Eric Nepomucneo, para o 247
As urnas estão logo ali, na esquina. Nunca um domingo foi ao mesmo tempo tão próximo e tão distate. Às vezes parece que os dias que faltam não têm 24 horas, têm 15, às vezes parece que têm 75.
E enquanto se concentram esforços para liquidar a fatura no primeiro turno, corremos o gravíssimo risco de esquecer um ponto fundamental para o nosso futuro: quem eleger para deputado federal e senador.
O atual Congresso, coalhado de aberrações abjetas eleitas no vácuo de Jair Messias, é, de longe, o de mais baixo nível desde a redemocratização.
Está bem que faltam, no cenário político atual, figuras de primeira grandeza, tanto entre conservadores como entre progressistas.
Mas, ainda assim, há generosos punhados de bons nomes tanto numa ala como na outra.
E pior: até os reacionários de hoje estão a milhas marítimas de distância dos reacionários de ontem. Isso, para não mencionar os mentecaptos, os vendidos e os alugados, e também os que são exemplos redondos da mais pura corrupção – até nisso o Congresso atual é puro lodo, o de menor nível das últimas muitas décadas.
Mesmo considerando quase impossível que Lula seja eleito acompanhado de deputados suficientes para formar a maioria na Câmara, é essencial eleger não apenas aliados mas interlocutores minimamente capacitados na oposição. O mesmo vale para o Senado.
Claro que muitas das aberrações eleitas para o Congresso em 2018 conseguirão se reeleger. O fundamental é eleger também nomes que ficaram de fora, e que não apenas são essenciais. E um de meus medos é que as atenções estejam tão, mas tão concentradas em eleger Lula no primeiro turno, que a questão do Congresso fique relegada a um segundo ou terceiro plano.
Por isso é absolutamente fundamental concentrarmos todos os nossos esforços também na eleição para o Congresso.
Aqui no Rio, volta e meia aquilo que meus amigos chamam de meu masoquismo irremediável me leva a ficar prestando profunda atenção na propaganda eleitoral no rádio (por prescrição médica não vejo televisão, exceto em ocasiões extraordinárias como o debate da quinta-feira, dia 29). E o que ouço de aberrações seria absolutamente cômico se não fosse ao mesmo tempo tão profundamente preocupante.
Impedir que a tropa de Jair Messias continue a emporcalhar o Congresso é missão urgente.
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