É proibido proibir

Milhares de pessoas estão em Curitiba hoje, para cultivar a imagem de um homem que foi capaz de elevar a auto estima dos brasileiros, tirar o Brasil das páginas policiais, e de colocá-lo no contexto e na agenda das grandes nações do mundo

Lula em Rio Grande
Lula em Rio Grande (Foto: Chico Vigilante)


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Há dois anos alerto sobre a escalada de um golpe de togas, sustentado pela mídia comercial brasileira - modalidade mais danosa que o golpe militar de 1964.

No período da ditadura militar tentávamos pelo menos recorrer à Justiça contra as arbitrariedades ocorridas.

Hoje as esperanças escasseiam. A quem vamos reclamar se não podemos contar com a imparcialidade da Justiça? E pra piorar se digladiam entre si pelos holofotes.

Muitos juízes e ministros tem lado definido e não escondem que defendem os interesses das elites e seus representantes hoje encastelados no Executivo e no Legislativo.

O que pensar quando vemos um juiz substituto da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, Ricardo Augusto Soares Leite, determinar o fechamento de uma instituição de 26 anos - que é o caso do Instituto Lula – sob a alegação de que baseado no depoimento de Lula a sede do Instituto “pode ter sido instrumento ou pelo menos local de encontro para a perpetração de vários ilícitos criminais”?

Piada. Desde quando “Pode ter sido”... constitui prova?
O Instituto Lula, ao contrário do que nos quer fazer crer a Globo, não foi criado para que Lula tivesse uma atividade, pós presidência.
De 1999 – quando sediou o Governo Paralelo liderado por Lula para se contrapor ao governo de Collor – até hoje, a história do instituto é de resistência política, de concepção de políticas públicas em defesa dos mais pobres, de trabalho em prol da mudança da imagem do país no exterior.

Além de não ter embasamento jurídico para pedir o fechamento do Instituto Lula este juiz não tem moral para tal. Foi denunciado pelo próprio Ministério Público.

O jornal Folha de São Paulo, de 20 de junho de 2015, informa que ele é denunciado pelo MP Federal por dificultar a obtenção de provas contra fraudadores da Receita, investigados pela Operação Zelotes.

Esta é aquela operação que apura esquema de corrupção no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão responsável por julgar os autos de infração da Receita.

O que podemos pensar quando vemos uma outra representante da Justiça, a juíza de Curitiba, Diele Denardin Zydek, em flagrante desrespeito ao artigo 5 da Constituição, proibir que manifestantes do Brasil inteiro presentes na cidade se manifestem nas proximidades do Fórum onde Lula prestará depoimento à Justiça?

O cidadão não pode se manifestar, mas ela pode? A juíza que assinou a proibição costuma compartilhar postagens do MBL, movimento povoado de fascistas e neonazistas que liderou várias manifestações pelo impeachment da presidente Dilma.

O circo da opressão pela repressão está montado no Brasil todo. A violência cresce a olhos vistos contra todos aqueles que lutam por mais justiça e mais igualdade social.

De um lado tudo fazem para culpar Lula. Presos pela Operação Lava Jato são pressionados a refazer seus depoimentos de forma a acusá-lo.

No campo aumentam os assassinatos de trabalhadores rurais, posseiros, índios e militantes do movimento dos trabalhadores sem terra.

O povo brasileiro não pode e não vai permitir que voltemos à época da barbárie, vivida no período da ditadura militar, respaldados pelos Atos Institucionais.

Cresce a cada dia a resistência contra os golpistas e seus atores e isso é o que nos alenta, o povo indo se manifestar nas ruas, desafiando o medo e o perigo.

Milhares de pessoas estão em Curitiba hoje, para cultivar a imagem de um homem que foi capaz de elevar a auto estima dos brasileiros, tirar o Brasil das páginas policiais, e de colocá-lo no contexto e na agenda das grandes nações do mundo.

Toda a solidariedade ao presidente Lula!

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