E os tucanos têm um líder no Supremo

Ministro é grande aliado para afastar Dilma e Temer do governo



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A população, de modo geral, sabe que o governo está mal, que há uma crise econômica financeira no país, que é grande a corrupção na Petrobras e em outras empresas públicas, e que tudo isso se reflete em uma crise política como há muito tempo não se via. Tudo isso deixa as pessoas comuns de mau humor, pessimistas, descontentes. Não poderia ser de outra maneira.

Esse quadro não é só nacional. Repete-se pelos estados e pelo Distrito Federal. Assim como os municípios, estão praticamente falidos, com contas que não fecham, dívidas enormes e sem capacidade de investimento. Em muitos, há também muitas denúncias de corrupção. Há recessão, a atividade econômica está quase parada, o desemprego aumenta, a inflação come os salários e assim vai.

O que, claro, aumenta o mau humor, o pessimismo, o descontentamento da população. Que, por postura política e ideológica, ou por estar alienada, mal-informada ou manipulada, adere em grande parcela à palavra de ordem da oposição que parece ser a solução de todos os problemas: o afastamento da presidente da República. Por impedimento, renúncia, decisão judicial, no grito. O que vem depois, pergunta-se? Depois veremos, responde-se.

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Para viabilizar o “fora, Dilma”, a oposição e os segmentos que a acompanham evitam dizer o que propõem para o depois. Uns querem que o vice-presidente Michel Temer assuma e lidere um não claro pacto nacional. Outros querem novas eleições, sem deixar claro o que proporão para esse novo mandato. Quanto mais vago, melhor.

Assim, as oposições reunidas evitam dizer que a crise econômica não vai acabar se Dilma sair, e que as investigações sobre atos de corrupção vão continuar. E tentam passar a ideia de que todos os problemas estarão resolvidos. É uma forma de estelionato político.

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Independentemente de posições políticas, de apoiar ou não o governo, de estar ou não satisfeito, não se tira o mandato de um presidente desta maneira. Diante das dificuldades constitucionais e legais de fazer isso, entra em ação o maior aliado das oposições no Supremo Tribunal Federal: o ministro Gilmar Mendes, que trabalhou no Planalto no governo de Fernando Henrique e foi por ele indicado para o tribunal. Mendes faz o papel de sacar denúncias contra Dilma para tirar o foco de outros acusados, como seu amigo Eduardo Cunha, viabilizar o afastamento de Dilma e Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral. Exatamente como quer a maioria do PSDB.

Tudo tem de ser investigado, tudo tem de ser apurado, corruptos e corruptores têm de ser julgados e, se culpados, condenados. Mas isso vale para todos, não apenas para um lado. Mendes finge ignorar as doações de campanha feitas ao partido com o qual parece simpatizar. Fica para depois? Sendo ele, certamente não.

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