É Lula, para acabar com a barbárie
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Superar o pesadelo de ter passado por uma pandemia onde o próprio presidente do teu país negligenciou, debochou e sabotou todas as medidas de contenção, prevenção e tratamento da doença, não será fácil nem rápido de se fazer. Das 20 principais economias do mundo, o Brasil foi, proporcionalmente, o lugar em que a Covid-19 mais matou.
Ainda com seu histórico de ser um país exemplo em vacinação em massa, Bolsonaro e sua morbosa equipe conseguiram alienar a população, levando seus apoiadores, (influenciados ainda pelas perversas ações de líderes evangélicos) a se aglomerar em massa nos momentos mais críticos e onde mais se precisava de uma liderança sensível e cautelosa. A especulação política, o negacionismo medíocre, tudo foi se somando para levar a situação a um nível de vergonha, que foi dessa forma que o Bolsonarismo se tornou o que é ainda hoje: Uma seita de fanáticos intolerantes e alienados que disputam, a qualquer custo e sem pudor, uma única cosa, o poder. Bolsonaro e todos aqueles que não se aborreceram dele, ou que ainda celebraram e foram cúmplices ativos das barbaridades cometidas durante a pandemia da Covid-19, tem somente uma coisa na cabeça: Se fazer com o poder e lucrar o máximo possível dele, mesmo quando o custo possa ser o de espalhar mentiras e mentiras até chegar ao ponto de criar uma bizarra realidade paralela cada vez mais distante de toda racionalidade e coerência com o que acontece, de fato, no mundo.
O país se dividiu. Aqueles que apoiavam o Bolsonaro desde um lugar de crítica ao que supunham tinha sido uma destruição das instituições por parte do Partido dos Trabalhadores, agora enxergaram o monstro ao qual tinham dado um poder abrumador e letal para a maior parte da população brasileira. Bolsonaro continuou em frente com privatizações, destruição do salário mínimo, enfrentamentos e intimidações constantes à imprensa e às instituições, casos de corrupção envolvendo ministros, seus filhos e praticamente todo aquele que esteve do seu lado. Precisou de botar sigilo em todas as ações polêmicas e que estavam sendo investigadas pelo ministério público. O país se tornou refém de uma troupe de corruptos incompetentes e autoritários, ameaçando de forma constante acionar as forças armadas caso alguém questionasse as atividades suspeitas e espúrias que os tinham como protagonistas diretos ou indiretos.
E assim passaram 4 anos. O país tem sua Amazônia desflorestada e saqueada como nunca antes. Uma inflação colossal na cesta básica que empurrou de novo milhões para o mapa da fome, algo que parecia impossível de acontecer novamente.
Com uma esquerda sem força, desnorteada, sem liderança. O nome do Lula emergiu mais uma vez. Após sair da prisão política em que foi colocado por essa direita criminosa para se fazer com o poder, Lula voltou. E trouxe consigo mais uma vez o discurso da inclusão, da diversidade, da tolerância, da valorização das camadas mais baixas da sociedade brasileira.
Quando parecia que tínhamos chegado ao fim da história da política dos trabalhadores, dos marginalizados, dos excluídos. Quando parecia que bastava ter muitos seguidores nas redes sociais, ou visualizações no youtube para ter sucesso na política, como se fosse teletransportado por uma máquina do tempo da época da ditadura, o velho sindicalista sensível, que ama o Brasil de pés a cabeça, que ama seus artistas, que consegue dialogar com todos os setores que disputam os espaços de ação na sociedade brasileira, aquele que cometeu erros e teve falas questionáveis mas que como todo ser vivo, foi evoluindo e se adaptando às novas demandas de uma sociedade nova, com uma nova geração que hoje é a força motora das mudanças possíveis de se fazer dentro do âmbito institucional. Lula chega com o apoio de gente que não o conheceu como presidente, que não tem lembranças dele como primeiro mandatário, mas com as referências daqueles que viveram uma época em que foram trincadas as barreiras que impediam às camadas mais baixas da sociedade ter possibilidades de ascensão social.
Lula, o velho sindicalista que perdeu um dedo por uma prensa na metalúrgica onde começou a florescer sua consciência política, Lula, o político latinoamericano em atividade mais influente e com maior reconhecimento mundial. Lula é, disparado, o melhor presidente que o Brasil já teve. É líder do maior partido político do Brasil e o segundo maior partido político de esquerda no mundo. Emergiu desde a extrema pobreza e se tornou um dos maiores estadistas do século XXI sem ter título universitário. E aos 75 anos, (sim, nessa idade inusitada) , esse velho guerreiro é quem vai parar de vez o fascismo troglodita que tomou posse do país. O obus da esperança leva uma marca gravada com fogo, é 13 neles.
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