É hora de reformas: não somos lacaios sociais!
Ser um antifascista, não é privilégio de politiqueiros, e sim, conquista de uma frente realmente popular. Sejamos autocríticos sim! Sempre. É hora de mirarmos o pretérito para entender o futuro. No presente ainda existe uma chance: “A felicidade não entra em portas trancadas”, disse Francisco Cândido Xavier
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A sociedade brasileira está muito cansada, não respira paz, nem respira luz, está presa no esgoto que isola e segrega. Hoje, é um dia memorável do ponto de vista político e consequentemente social: lembramos Stonewall.
Há cinquenta e um anos, houve um episódio chamado Stonewall.
Até o ano de 1962 o homossexualismo era considerado crime, punido por reclusão, trabalhados forçados e até pena de morte. O único Bar Gay de Nova York, em 1969, não tinha saídas de emergência, nem tampouco condições de higiene ideais, porém ali pessoas com opções de gênero diversas se encontravam e se alegravam.
Policiais entraram na madrugada de 28 de junho de 1969 neste local, e queriam prender homens travestidos de mulher, acenderam as luzes, e cortaram a música, só que tal investida se transformou em HISTÓRIA. Houve resistência, e ali os LGBT iniciaram sua saga de afirmação de identidade. Homens e mulheres marcharam em Nova York: bradando sua força que dizia “Poder Gay”.
O número de seres humanos assassinados por ter opção de gênero oposta ao convencional: é altíssima. Só no ano de 2019, foram quase 300. Até quando seremos lacaios da impunidade, lacaios da desigualdade, lacaios da pós-verdade?
Vivemos sob os auspícios de escolhas ministeriais que beiram a total falta de coerência: currículos acadêmicos falseados; títulos comprados; ou vendidos. O Homem brasileiro está à mercê de um desmonte que elegeu seu príncipe regente; que vive sua epopeia neonazista tropical. A histeria tomou conta das ruas, com manifestações que já levaram muitos a morrer contaminados pelo coronavírus; e estes muitos não pertencem à mesma espécie, que eu, por exemplo.
Há realmente um Homo sapiens bolsominions que ascendeu como subespécie humana. Os três poderes, pilares da República quase ficaram reféns de uma milícia bolsonarista, que de forma dicotômica|: arma e desarma. Arma literalmente, e desarma em direitos sociais. O modelo ministerial (ou similar) para a massa bolsonariana é aquele que fala mal, grita, mente e porta certificações fantasmas. Formou-se um exército de antilulistas, nas sombras da biblioteca.
O que é ser um lacaio? Originado do espanhol lacayo: indivíduo subserviente. O tempo dos lacaios nunca passou. Os nomes são criados, recriados, excluídos, mas seus significados seguem impávidos. E impávido é o SARS-COV-2, ele representa a vida e a morte: ele não é dialógico, ele é o senhor feudal de cada célula usurpada, que sucumbe diante de seu predatismo.
A História é nossa boa conselheira, por mais que ela possa sofrer fraudes em seu processo de construção, sempre haverá um operário da História (bem intencionado) na confecção/reconstrução do passado; usando a ferramenta da autenticidade. E então nos lembramos de João Goulart, que desejou que o Brasil tomasse um banho de igualdade, após séculos de sujeira malcheirosa de proselitismo e escravidão. Ele "caiu" por querer uma REFORMA AGRÁRIA, e por querer "dobrar" o estabelecido e irrisório soldo popular chamado de salário mínimo.
Ser um antifascista, não é privilégio de politiqueiros, e sim, conquista de uma frente realmente popular.
Sejamos autocríticos sim! Sempre. É hora de mirarmos o pretérito para entender o futuro. No presente ainda existe uma chance: “A felicidade não entra em portas trancadas”, disse Francisco Cândido Xavier.
#IGUALDADENOPODERJÁ
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