É bom "Jair" se despedindo
Ao longo desses três longos anos, o cercadinho do Palácio da Alvorada foi palco de muitas declarações presidenciais. Mas nada tão relevante quanto o que foi dito por Bolsonaro na última quarta-feira (24): “Tô louco pra entregar isso aqui!”
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Por Julimar Roberto
Ao longo desses três longos anos, o cercadinho do Palácio da Alvorada foi palco de muitas declarações presidenciais. Mas nada tão relevante quanto o que foi dito por Bolsonaro na última quarta-feira (24): “Tô louco pra entregar isso aqui!”.
Vejam só as coincidências da vida. Ele, louco para sair, e o povo brasileiro completamente enlouquecido para que ele saia o quanto antes.
Perdoem-me, mas é muito difícil passar por uma situação dessas sem uma pitada de ironia. Então, é bom “Jair” se despedindo logo; ou, se “for por falta de adeus...”; ou apenas um “já vai tarde” resolva. Mas, a mais célebre de todas seria “quando o macaco não dá na banana, ou ela está verde ou podre”. É o que se diz de pessoas que não conseguem determinado feito e começam a depreciar o alvo de seu empenho para demonstrar súbito desinteresse e camuflar sua incompetência. Qualquer semelhança não é mera coincidência, acredite.
Mas nada disso importa! O importante é que o ex-capitão do Exército tem se sentido encurralado com o crescimento da reprovação de seu governo e sinalização de que Lula estaria muito perto de vencer no primeiro turno das eleições, como comprovou a pesquisa interna que ele e sua equipe receberam na segunda-feira (22). Mediante os dados apurados, a entrada de Moro no páreo roubou-lhe o eleitorado, enquanto sua rejeição chegou a 63%, o maior índice até agora.
As mudanças de nomes de programas implantados pelos governos petistas não lhe renderam popularidade. Nem mesmo a promessa de tornar permanente o Auxílio Brasil deu resultado. Juntemos a isso, o crescimento da fome e do desemprego, o alto preço dos alimentos e dos combustíveis, os recorrentes escândalos de corrupção em torno de seu nome e de sua prole, sua comprovada incompetência, falta de diplomacia, nanismo internacional e uma imensa lista que só ratifica nossa vontade de vê-lo bem longe dos anais da política brasileira.
De volta ao cercadinho, ele arrematou que é “bom para visitar, para morar não é bom não”, referindo-se ao Palácio da Alvorada. Frente a isso, a gente finaliza cantando: “Arruma a mala aê, arruma a mala aê, arruma a mala aê que a rural vai arribar...”
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