É a hora de virar o jogo
Estão fazendo o país retroceder ao início do século XX do ponto de vista econômico. Mas não encontram as condições políticas para sustentar ainda tal ofensiva. Por isso cresce nos setores da burguesia a ideia de um endurecimento total do regime e a implementação do terror. Contudo, ao mesmo tempo, cresce no lado oposto, na classe operária, um sentimento de que não dá mais
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A greve geral realizada no dia 28, ao que tudo indica, pode-se tornar um marco, um ponto de virada.
Após anos de defensiva e encolhimento da esquerda diante da agressividade da extrema-direita e do imperialismo, sente-se no ar uma alteração no sentimento de amplos setores das massas. Nos mínimos atos pode-se ler nas entrelinhas que cresce nas massas a convicção de que é possível derrotarmos o golpe.
Não é para menos.
Já em dezembro de 2015 havíamos ultrapassado as marchas fascistas nas ruas. Apesar da enorme desvantagem material do nosso lado, as enormes organizações operárias e populares, mesmo diante da defensiva e indecisão das lideranças mostraram que um pequeno passo da classe operária ultrapassa e muito infinitos gritos histéricos da pequena burguesia.
2016 foi o ano do golpe. O ano do baque. O ano de uma reflexão profunda acerca das ilusões que haviam se incrustado na mente de milhões acerca de uma democracia brasileira.
A direita havia se retirado das ruas e a esquerda lutava de forma desesperada aqui e acolá.
O impasse no interior do golpe se acumulava e precipitou-se com força em 2017.
2017 começou turbulento. E a cada demonstração de força dos golpistas sentia-se um suor frio de medo procurando esconder-se.
O assassinato de Teori. A invasão das ruas brasileiras pelo exército. A ofensiva contra setores da indústria nacional e contra seus partidos desestabilizaram completamente o panorama político.
Nesse contexto extremamente complicado os golpistas estão atacando toda a população brasileira de maneira frontal.
Estão fazendo o país retroceder ao início do século XX do ponto de vista econômico. Mas não encontram as condições políticas para sustentar ainda tal ofensiva.
Por isso cresce nos setores da burguesia a ideia de um endurecimento total do regime e a implementação do terror.
Contudo, ao mesmo tempo, cresce no lado oposto, na classe operária, um sentimento de que não dá mais.
Ou seja, a luta de classes que vem se polarizando mais nitidamente desde 2013 tende a intensificar-se e muito. Tudo o que aconteceu agora, pode-se dizer, foi um prelúdio.
A força da greve geral no dia 28, tendo em vista toda a limitação de um primeiro passo, mostra que não será um ato isolado.
A demonstração do dia 28 fez recobrar em nossas mentes a enorme força que possuímos. Esse sentimento somado a uma confusão desesperada do lado golpista abre caminhos para o desenvolvimento de movimentos de amplas massas contra o golpe.
A perspectiva concreta de derrota do golpe entrou no nosso campo de visão de forma contumaz.
Agora é trabalhar com todas as forças, é a hora de todos nós apostarmos todas as nossas fichas, todos nossos esforços para colocar abaixo toda essa conspiração contra o nosso país. Derrubar todos os golpistas, todos! Anular o impeachment e dar ao povo organizado o direito de estabelecer um regime verdadeiramente democrático é o que devemos ter em mente.
A confirmação dessa análise depende da nossa ação concreta e cotidiana. As chances estão dadas. A necessidade é mais que imperativa. Eles estão com medo. É a hora de darmos motivos reais para isso.
É a hora de parar o país por tempo indeterminado!
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