Dúvidas e mentiras oficiais
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O que seria hoje um ensaio sobre assuntos diversos, foca na mentira, mesmo quando há tanto publicado e analisado nos meios tradicionais de comunicação e na internet, páginas pessoais e comentários cibernéticos em nuvens e outras tempestades cibernéticas. Vamos lá, tendo por base duas cartas não publicadas, trazendo-as para este site opinativo.
Na CPI da Pandemia instalada no Senado Federal são muitas as mentiras batidas e repisadas, outras que precisam ser explicitadas e explicadas para a devida responsabilização.
O ex-ministro das Relações Exteriores surpreendeu em seu depoimento ao afirmar que nunca havia hostilizado a China ou relacionado o coronavírus a um vírus daquele país ou tê-lo chamado de comunavírus. Tal conotação, segundo ele, foi mal interpretada e ele afirmou que se tratava de uma análise de texto de outros autores e que a relação de espalhamento do comunismo em nada tinha a ver com a pandemia... Acreditemos, talvez.
Foi nebulosa a participação de seu ministério nas tratativas com a aquisição de vacinas, mas deixou claro que não houve direcionamento direto da Presidência da República quanto a isso, atribuindo às decisões havidas exclusivamente ao Ministério da Saúde. Continuemos na crença! Especificamente quanto ao oxigênio que foi doado pelo governo venezuelando, Ernesto Araújo deixou claro que não pediu, tampouco agradeceu pela ajuda vinda do país vizinho. Não envidou qualquer esforço para acelerar a chegada dos cilindros de oxigênio, que foram transportados por terra. Segundo senadores que o inquiriram, se tivesse colocado aviões à disposição para o transporte, o insumo poderia ter chegado mais cedo aos que estavam morrendo asfixiados em Manaus. Crimes que, aparentemente, ainda não são explícitos.
A CPI da Pandemia, em certo momento, encaminhou ao Ministério Público a avaliação das mentiras propaladas por Fabio Wajngarten por meio da transcrição da reunião havida, que incluía o depoimento e as manifestações dos senadores. Porém, um fato marcante é o ex-secretário afirmar que estava afastado de suas funções em março de 2020 por estar acometido da Covid-19 e o senador Rogério Carvalho revelar live junto com Eduardo Bolsonaro naquele mês em que Wajngarten dizia não ter interrompido nenhuma atividade. O conteúdo do vídeo não é transcrito pela secretaria do Senado e pode comprometer a análise do MP, caso não use também as imagens da reunião. A mentira tem pernas curtas, mas precisa ser bem documentada.
O diretor da Pfizer, Carlos Murillo, por seu turno, deixou claro que há um gabinete paralelo no governo, com a confirmação de que o filho do presidente, Carlos Bolsonaro, participou de tratativas com a empresa. Ainda que na forma de um golpe (mais um), a monarquia foi derrubada há 132 anos e a presença de um vereador de um município a mil quilômetros dali é muito expressiva do conceito de nepotismo.
Dia após dia a CPI da pandemia vai mostrando os contornos do desgoverno instalado no Palácio do Planalto. Na semana que vem saberemos um pouco mais sobre os crimes praticados e até onde vai a coragem de nossos militares.
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