Doria recusa merreca para não ser empregado do povo
"O prefeito eleito de São Paulo anuncia que não vai colocar no bolso o salário a que terá direito a partir de janeiro próximo. Igualzinho a Donald Trump. Guardadas as devidas proporções. Abre mão de no mínimo 1 milhão 254 mil 116 reais e 24 centavos brutos em quatro anos. Basta refletir um pouco para constatar que a decisão de Dória, além de demagógica é, em primeiro lugar, uma demonstração de soberba: “eu não preciso dessa merreca”, avalia o colunista Alex Solnix
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O prefeito eleito de São Paulo anuncia que não vai colocar no bolso o salário a que terá direito a partir de janeiro próximo.
Igualzinho a Donald Trump. Guardadas as devidas proporções.
Abre mão de no mínimo 1 milhão 254 mil 116 reais e 24 centavos brutos em quatro anos – logo ele que adora dinheiro, senão não teria amealhado patrimônio de 200 milhões de reais.
Tenta, com isso, passar a imagem de bonzinho e dar pinta de austeridade, mas não consegue esconder que é demagogia – o que fica mais evidente quando diz que, na cerimônia de sua posse, “não vai ter nem cafezinho”.
Isso já não é ser austero, é ser muquirana.
Basta refletir um pouco para constatar que a decisão de Dória, além de demagógica é, em primeiro lugar, uma demonstração de soberba: “eu não preciso dessa merreca”.
Em segundo lugar pode gerar a suspeita de que, se ele recusa uma remuneração menor é porque vai ser remunerado melhor de alguma outra forma.
Mas o mais grave é a outra mensagem subliminar que ela transmite: “eu não sou empregado de vocês, porque vocês não estão me pagando”.
Se queria fazer caridade com o salário não deveria trombetear, e sim doá-lo sem publicidade, como fazem os verdadeiros beneméritos.
Deveria ser proibido um prefeito recusar salário.
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