Doria, o genocida

A pandemia de Covid-19 mostrou que João Doria é um dos maiores genocidas do país. Mas, além de assassino, o governador paulista também é um ditador escravagista

Protesto contra Doria, "genocida do ano", após massacre em Paraisópolis
Protesto contra Doria, "genocida do ano", após massacre em Paraisópolis (Foto: Sérgio Silva/Ponte Jornalismo)


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Por Juca Simonard

Ao contrário do que apregoa a imprensa golpista e a esquerda oportunista, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é um dos maiores genocidas do país. Começando pelo fato de que cerca de 25% das mortes do Brasil são culpa direta de sua política com o prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB).

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O PSDB não é "científico", muito menos “democrático”. É o partido da chacina - sanitária, policial, econômica, etc.

Matar o povo de fome

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Em meio à crise econômica, em plena pandemia, o governador assassino aumentou os impostos sobre a cesta básica, os medicamentos e a energia elétrica. Além disso, o PSDB tratou também de atacar os idosos, que perderam a gratuidade do transporte em São Paulo.

Isso é revelador, digno de um filme distópico. Numa situação em que a população perdeu o auxílio emergencial, a mixaria de R$ 600, que mal dava para pagar contas básicas e que era a única fonte de renda para milhões de brasileiros, os tucanos querem impor um regime de descaso ainda maior. 

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Para as câmaras de extermínio nas escolas!

Por atingir um setor da burguesia, gerando uma crise, Doria voltou atrás no aumento dos impostos. Mas a política genocida continua em outros âmbitos. Contrariando todas as recentes experiências nos países europeus, o “científico” PSDB quer mandar crianças e adolescentes para as câmaras de extermínio, forçando a volta às aulas presenciais.

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A política é tão impopular que até mesmo um setor da burguesia está buscando impedir a reabertura das escolas, como ficou expressa na briga do judiciário em torno da questão. 

Na Europa, a volta às aulas foi um dos principais fatores para o surgimento de novas ondas da Covid-19, mas como os bancos impõem a reabertura para alimentar o mercado mundial, Doria simplesmente deixou a “ciência” de lado, fazendo uso de puro cinismo. O PSDB, inimigo nº1 da educação no Brasil, agora diz estar preocupado com a aprendizagem das crianças… Uma preocupação tão real quanto o choro de Doria quando a primeira pessoa foi vacinada no País.

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Sem vacinas, sem insumos

A imprensa golpista e a esquerda oportunista, porém, deixam tudo isso de lado e buscam ressaltar o lado supostamente científico do governador. Para isso, ressaltam como salvadora a farsa da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. A suposta imunização do povo, na realidade, é apenas demagogia política.

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“A verdade é que não há doses suficientes da vacina propagandeada e vemos o presidente, Jair Bolsonaro, e o governador do estado de São Paulo, João Doria, usarem eleitoralmente sua guerra fútil enquanto milhares falecem”, destaca nota do Sindicato dos Médicos de São Paulo.

Não há vacinas, nem insumos para produzi-las. O que há não é suficiente nem para vacinar a população brasileira com uma dose - sendo que são necessárias duas para imunizar contra o novo coronavírus - isto é, “imunizar” com 50% de eficácia, já que o governador paulista conseguiu adquirir a vacina menos eficaz e mais cara do mundo.

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'5 anos em 50', o anti-JK

Ainda, no ritmo em que a vacinação está sendo feita, a previsão não é muito boa. A vacinação começou no dia 17/01. Desta forma, o dia 31/01 marcou duas semanas da campanha no Brasil. No estado de São Paulo, segundo dados do próprio governo, 393.732 pessoas foram vacinadas (com a primeira dose) - uma média de 28.123 por dia. A população do estado, no entanto, é composta por 46.289.333 habitantes - ou seja, na atual média, a vacinação apenas da primeira dose demoraria 1.646 dias (mais de 4 anos).

Assassinos: fora Bolsonaro, Doria e todos golpistas

Só isso já revela a farsa da vacinação do governador assassino. No entanto, Doria não é o único genocida - ele, como também Jair Bolsonaro e toda a burguesia golpista merecem este título. 

Vacinação no Brasil: uma farsa

Os golpistas impuseram um regime para favorecer a vacinação dos ricos: seja permitindo a compra de vacinas por empresas privadas (que vacinarão os funcionários do alto-escalão); seja pela fraude para vacinar os capangas - como ocorre em diversas cidades, mas ficou explicitado pela denúncia do Ministério Público no caso de Manaus (AM).

A farsa, porém, se estende ao “sumiço” de doses, às vacinações de mentira - como no caso da idosa de 97 anos, em Maceió (AL) - , aos descartes de vacinas por falta de refrigeração adequada - como ocorreu nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro -, e assim por diante.

Doria, senhor de engenho escravagista

Mas voltando a Doria. Para o genocida, não basta matar o povo de fome, precisa também ser um ditador e tratá-lo como escravo. Enquanto os trabalhadores podem ir trabalhar sem “nenhum problema”, enfrentando transportes lotados onde a nuvem de Covid-19 permeia todos os cantos, não podem se divertir nos finais de semana. 

O ditador paulista impôs a Fase Vermelha nos finais de semana e feriados. Isso significa basicamente que: trabalhar para salvar os empresários pode porque não causa Covid-19, se divertir num boteco nos finais de semana não pode porque causa Covid-19. Uma verdadeira fraude. 

O povo só pode trabalhar, tal qual um escravo - o que não surpreende pelo passado escravocrata de sua família. Mas o coitado povo brasileiro ainda precisa sofrer as consequências de ser linchado pela esquerda pequeno-burguesa, que lhe culpa pelo aumento da pandemia no País enquanto vive seu romance com Doria, o genocida.

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