Dois ministros da Saúde, nenhum programa. Nada de nada

"Nenhuma ação efetiva para adotar medidas concretas e urgentes, urgentíssimas, para estancar as mortes que não fazem mais do que crescer e crescer, o colapso do sistema de saúde, tanto o privado como o público. Nada de nada", escreve o jornalista Eric Nepomuceno, ao comentar a situação da pandemia no Brasil

(Foto: Agência Brasil)


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Por Eric Nepomuceno, para o Jornalistas pela Democracia 

O Brasil é um país absolutamente singular, e não estou me referindo ao fato de termos assumido a liderança mundial do número de mortos diários pela pandemia.

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Estou me referindo a termos dois ministros da Saúde, um ainda sentado na poltrona correspondente e o outro, já escolhido e anunciado, aguardando a vez de assentar o traseiro na dita cuja.

Dois ministros e nenhum programa, nenhuma ação efetiva para adotar medidas concretas e urgentes, urgentíssimas, para estancar as mortes que não fazem mais do que crescer e crescer, o colapso do sistema de saúde, tanto o privado como o público. Nada de nada.  

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Eduardo Pazuello, o general da ativa que, pela incompetência olímpica e irremediável, se transformou em cúmplice do morticínio que cresce a cada dia, continua inerte. Agora, e só agora, quando morrem dois brasileiros por minuto, o capacho presidencial começou a comprar as vacinas que deveria ter comprado desde o começo do segundo semestre do ano passado.  

Já o cardiologista Marcelo Queiroga, indicado para o cargo por ser amigo do senador Flávio Bolsonaro, o rachadista dono de mansão de seis milhões de reais, adiantou, em conversas particulares cuidadosamente vazadas para a imprensa, qual será sua primeira medida: visitar hospitais.

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E antes que alguém tivesse o infeliz descuido de pensar que se tratava da iniciativa humanitária que Jair Messias jamais pensou em ter, avisou: irá para saber se as UTIs estão mesmo lotadas, e para saber se os internados por causa da covid têm mesmo covid.

É esse absurdo o que temos pela frente. É essa a nossa tragédia.

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Enquanto isso, Jair Messias continua como sempre, mentindo sem parar. Se vangloria, biszarro, de sermos o quinto país que mais aplicou vacinas no mundo.  

Em termos absolutos, é verdade. Em termos proporcionais com relação ao número de habitantes, ocupamos a 58ª posição.  

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Temos pouco menos de 5% da população do planeta, e 25% das mortes por covid. Pelo menos um terço de nossos quase 300 mil mortos ocorreram por inépcia do governo. Ou seja, pela cumplicidade presidencial, e de todo o seu governo, com o vírus assassino.

E sua tropa tratando de impedir que ele seja chamado de genocida.

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Tudo bem: já não se pode mais utilizar expressões como boçal, psicopata, desequilibrado, genocida. E muito menos mencionar desvio de verbas públicas em seus tempos de deputado federal.  

Nada disso: só se pode tratar Jair Messias por “presidente”, mesmo que ele não presida nada além de um bando de mequetrefes, sem exceção, distribuídos pela Esplanada dos Ministérios.

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Isso, por enquanto. Porque se ele realmente transformar seu sonho principal em realidade, e conseguir impor o Estado de Sítio, nem de presidente mais pretende ser chamado: só de Salvador da Pátria.

O que ninguém sabe é como sobreviver a tudo isso. E até quando teremos de continuar suportando esse genocida boçal instalado no palácio presidencial, cercado de áulicos patéticos e ineficazes.  

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